segunda-feira, 5 de abril de 2010

Projeto pode colocar o Brasil na vanguarda da luta contra o autismo

Paulo Marcio Vaz , Jornal do Brasil

BRASÍLIA - Um projeto de lei prestes a tramitar no Senado poderá colocar o Brasil na vanguarda da luta contra o autismo. O texto, elaborado por diversas entidades ligadas à causa, prevê a criação do Sistema Nacional Integrado de Atendimento à Pessoa Autista. Se aprovada, a legislação será uma das primeiras no mundo a priorizar o autismo como caso de saúde pública em nível nacional, incluindo a capacitação de profissionais de saúde, a criação de centros de atendimento especializado e a inclusão do autista no hall das pessoas portadoras de deficiência, além de criar um cadastro nacional. No Brasil não há dados oficiais sobre a quantidade de portadores da síndrome, considerada epidêmica nos EUA.

Um acordo feito no âmbito da Comissão de Direitos Humanos do Senado garante a relatoria ao senador Paulo Paim (PT-RS), que, de antemão, já garantiu parecer favorável à aprovação do texto.

– A abordagem será suprapartidária e espero que o projeto tramite já este mês – diz Paim.

Drama

O drama pelo qual passam os pais de autistas, na maioria das vezes sem diagnóstico precoce e tratamento adequado para seus filhos, não é uma exclusividade brasileira. Recentes descobertas de um grupo de médicos e bioquímicos americanos, todos eles pais de autistas, têm causado polêmica e espantado uma parte da comunidade científica mais tradicional, a partir de evidências de que, ao contrário do que se pensava, o autismo não seria um mero transtorno mental, mas resultado de uma grave intoxicação, seja pela ingestão de alimentos contaminados com agrotóxicos, ou mesmo por substâncias químicas, incluindo metais pesados, que podem entrar no organismo das crianças por meio de diversos fatores, incluindo pelo uso de determinados medicamentos.

A nova abordagem a respeito do autismo assombra a indústria farmacêutica e divide a opinião de profissionais de saúde.

Semana passada, numa conferência em Brasília, médicos e cientistas brasileiros e americanos foram praticamente unânimes ao reforçar a nova tese. Segundo eles, os autistas têm muita dificuldade de eliminar toxinas do organismo, e a situação seria agravada por uma disfunção gastrointestinal que facilita a absorção de toxinas pelo intestino, fazendo com que as mesmas entrem na corrente sanguínea e cheguem ao cérebro, o que justificaria o comportamento autístico.

Boa notícia

A boa notícia é que a nova abordagem diagnóstica levou a novos tipos de tratamentos, de caráter multidisciplinar, e que vêm obtendo resultados bastante animadores. A terapia é baseada em dietas alimentares específicas, prática de terapias comportamentais, suplementação vitamínica e fortalecimento da flora intestinal. Como resultado, muitas crianças que antes sequer olhavam nos olhos dos pais, ou mesmo pareciam ser surdas devido à total falta de interação com o mundo, hoje conseguem falar, olhar nos olhos e demonstrar afeto. A adoção de tratamentos baseados neste novo tipo de abordagem está prevista no projeto de lei que chegará ao Senado.

Lado sombrio

O médico brasileiro Eduardo Almeida, doutor em saúde coletiva pela Uerj e um dos que se empenham nas novas pesquisas sobre a síndrome, considera o autismo “o lado sombrio da medicina acadêmica” e defendeu, durante sua palestra em Brasília, mudanças radicais na forma como a medicina tradicional aborda a questão.

– Estamos numa espécie de encruzilhada da medicina alopática – analisou Almeida.
O professor emérito de química e bioquímica da Universidade de Kentucky (EUA) Boyd Haley também defende a tese segundo a qual o autismo tem muito a ver com uma intoxicação por substâncias como os metais pesados, principalmente o mercúrio. Durante a conferência, ele apresentou estudos feitos nos EUA que reforçam a tese.

Abordagem holística traz melhora a crianças

Em geral, médicos e outros profissionais de saúde que aderem às novas teses sobre diagnóstico e tratamento de autismo são pais de crianças que sofrem da síndrome. Ao não encontrarem solução na medicina tradicional, eles iniciam pesquisas por conta própria, e formam grupos cada vez mais coesos que defendem abordagens holísticas, incorporando ao tratamento aspectos da biomedicina e medicina ortomolecular, além de terapias comportamentais, dietas restritivas e a administração de suplementos.

A dentista Josélia Louback, 38 anos, mãe de um menino autista de 6, comemora as conquistas do filho. Segundo ela, Arthur só começou a melhorar depois do novo tratamento.

– Ele teve ganhos de concentração e melhorou muito seu comportamento – garante.

Nos exames de seu filho foram encontradas grandes quantidades de metais pesados como cádmio, alumínio e bismuto. Aflita também com a possibilidade de contaminação da criança por mercúrio (por não ser excretado, o metal não é detectado nos exames), Josélia teme que os anos em que passou manipulando a substância em seu consultório, confeccionando amálgama dentário, tenham contribuído para a contaminação de seu filho.

A bióloga Eloah Antunes, presidente da Associação em Defesa do Autista (www.adefa.com.br), também vê melhoras significativas em seu filho, Luan, de 8 anos. Eloah foi uma das pioneiras na adoção dos novos tratamentos relacionados ao autismo. O diagnóstico da síndrome foi dado por ela mesma – posteriormente confirmado por um pediatra – depois que vários médicos descartaram a possibilidade.

– Infelizmente, a medicina acadêmica ainda sabe pouco a respeito do autismo. – reclama Eloah. – Aprendi muito sobre a síndrome pela internet, mantendo contato com profissionais nos EUA, pais de autistas que também se rebelaram contra os médicos tradicionais de lá. (P.M.V.)

“A dieta correta significa 60% da recuperação”

A analista de sistemas equatoriana Andrea Lalama jamais havia pensado em ser homeopata. Radicada nos Estados Unidos, ela se casou e teve dois filhos, ambos autistas. A falta de médicos capazes de tratar adequadamente seu primeiro filho a fez se inscrever num curso de homeopatia e pesquisar, praticamente por conta própria, uma forma eficaz de tratamento. Hoje, aos 8 anos, seu filho mais velho apresenta traços mínimos do espectro autista, e a mais nova é considerada uma criança normal. Andrea agora vive rodeada por pais de autistas, muitos deles médicos, que buscam sua consultoria. A homeopata é uma das vozes mais ativas dos Estados Unidos em prol da adoção e do reconhecimento dos novos diagnósticos e tratamentos para o autismo que, segundo ela, a medicina tradicional se recusa a reconhecer.

Como estão seus filhos?

Estão muito bem. Meu segundo filho não tem mais traços de autismo. Meu primeiro tem alguns traços, mas são mínimos. Ele vai à escola regular e leva uma vida praticamente normal. Tentando ajudar meu primeiro filho, tive que estudar muito e me tornei homeopata. Até hoje, costumo ir a muitos seminários sobre medicina ortomolecular e energética, medicina tradicional chinesa, enfim, qualquer tipo de medicina integrativa e alternativa. Com isso, acabei absorvendo o que era útil. Cada terapia tem um pouco a oferecer, e se você combina tudo isso, faz o que eu chamo de abordagem holística. Foi isso que ajudou meus filhos.

Qual o papel da alimentação na recuperação?

Uma dieta correta representa 60% da recuperação do autista. Mas há regras nutricionais muito específicas, pois é preciso reparar as disfunções gastrointestinais presentes nas crianças.

Quais os pontos mais importantes da dieta?

A alimentação orgânica é imprescindível, e a preparação dos alimentos também tem de ser especial. Se não houver uma preparação adequada, toxinas entrarão no organismo e causarão mais sintomas de autismo. O intestino do autista é bastante poroso e transfere essas toxinas para a corrente sanguínea, fazendo-as chegar ao cérebro. Para prevenir isso, até que você consiga fortalecer as paredes intestinais, é preciso reduzir a toxidade. Outro fator importante é que as crianças autistas não digerem bem os alimentos, pois têm carência de enzimas. Então, a comida deve ser pré-digerida.

Então, há um componente de alergia alimentar relacionado ao autismo?

O autista tem um intestino poroso. Portanto, praticamente tudo o que eles ingerem vai para o sangue. Numa criança normal, isso não acontece. Alguns protocolos recomendam remover a comida das crianças e a substituir por cápsulas contendo enzimas, probióticos, vitaminas e coisas do gênero. Não digo que está errado, mas eu não apoio esse procedimento, porque Deus não criou cápsulas, mas comida limpa e orgânica para ser bem preparada. Se seguirmos as regras, podemos reparar as disfunções gastrointestinais. Por causa da comida industrializada e de elementos químicos presentes em diversas substâncias artificiais, os autistas estão 100% intoxicados.

Há algum tipo de retardo mental no autista?

Não há retardo mental, há intoxicação. Os autistas têm uma enorme deficiência para se livrar dessas intoxicações, se intoxicam mais rápido do que se desintoxicam.

Os médicos tradicionais concordam com essa tese?

Um médico que jamais esteve numa conferência sobre autismo dirá que somos loucos. Eles só dizem que o autismo é causado por uma disfunção cerebral. Mas já provamos a verdade.

Então, há uma briga entre os defensores de sua tese e os médicos tradicionais?

Não há briga. Há negação. As fundações e comunidades ligadas ao autismo nos EUA já convidaram a American Medical Association (Associação Médica Americana) para sentar à mesa conosco e ver as evidências. Eles se recusaram. É uma verdade inconveniente dizer que as toxinas que desencadeiam o autismo nas crianças vêm da comida e de vacinas, por exemplo, porque alimentos e drogas são duas instituições que geram muito dinheiro. Como o governo vai apoiar a ideia de frear essa indústria?

Quando há muita discordância entre profissionais de saúde, não há o risco de surgirem oportunistas com supostas soluções milagrosas?

Os pais têm que ser céticos em relação a tudo o que lhes dizem. Mas é obrigação deles sentar em casa e pesquisar. Hoje, ir à internet é mais fácil do que ir à livraria, e você encontra provas de que as crianças estão intoxicadas. Temos provas científicas das disfunções gastrointestinais nos autistas. Se seu filho se comporta como autista e um médico diz que ele está bem, desafie-o a provar. Faça testes de laboratório, examine a microflora intestinal e veja se está tudo bem. Exames de sangue mostram que ele está doente. Exames do fio de cabelo podem comprovar a intoxicação. Quem diz que a análise do fio de cabelo não é segura está mentindo. Seria como dizer que não existe genética.

Mas por que os médicos tradicionais não aceitam essas evidências?

Nos EUA, muitos médicos tradicionais são orgulhosos e egoístas. Quando são desafiados e confrontados com questões que não sabem responder, eles atacam. Quem realmente acha que é bom médico não deve temer. Os médicos da comunidade autista estão dispostos a conversar, os médicos tradicionais não. Eles não querem saber, não retornam nossas ligações, não aceitam as novas evidências e não têm filhos autistas.

Universidades brasileiras começam a fazer pesquisas

Duas universidades brasileiras realizam pesquisas focadas, respectivamente, nos indícios de alergia alimentar e na intoxicação por metais, que, segundo especialistas americanos, teriam conexão com a incidência de autismo.

Em Niterói, a Universidade Federal Fluminense (UFF) vai verificar se realmente há ligação entre a síndrome e a intoxicação por metais pesados. Já a Universidade de Brasília (UnB) aproveita um estudo sobre doença celíaca para observar se há prevalência da intolerância ao glúten entre autistas.

A pesquisa feita em Niterói faz parte da tese de mestrado da biomédica Mariel Mendes, que conta com uma equipe multidisciplinar formada por nutricionista, psicóloga e farmacêutico. A universidade disponibilizará exames completos e atendimento gratuito a crianças, que estão sendo cadastradas.

– A pesquisa visa comprovar não só a ligação entre autismo e a intoxicação por metais pesados, mas também a eficácia dos novos tratamentos propostos – afirma a psicóloga Sandra Cerqueira, que faz parte da equipe sob orientação do doutor em farmacologia e toxicologia da UFF Luiz Querino.

Em Brasília, o pediatra e professor titular da UnB Ícaro Batista quer, em sua tese de doutorado, comprovar a prevalência da doença celíaca (intolerância ao glúten) em crianças autistas. Segundo ele, na literatura médica já há menção a um maior número de ocorrência da doença em autistas, mas faltariam pesquisas mais aprofundadas comprovando esta associação.
Fonte: JB Online

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Dia Mundial da Conscientização do Autismo

No Dia do Autismo, 2 de abril, ONU pede conscientização e inclusão

O Brasil não tem estatística sobre o autismo, mas nos Estados Unidos e Europa já se fala sobre a maior epidemia do mundo, saltando de um caso a cada 2.500 pessoas na década de 1990, para o número assustador atual de uma pessoa com autismo a cada 120. Estimou-se em 2007 que no Brasil, país com uma população de cerca de 190 milhões de pessoas naquele ano, havia cerca de 1 milhão de casos de autismo, segundo o Projeto Autismo, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo. No mundo, há mais de 35 milhões de pessoas com autismo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem.


A fim de alertar o planeta para essa tão séria questão, a ONU (Organização das Nações Unidas) criou em 2008 o Dia Mundial da Conscientização do Autismo (World Autism Awareness Day), no dia 2 de abril de cada ano. Para 2010, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, destacou a importância da inclusão social. “Lembremo-nos que cada um de nós pode assumir essa responsabilidade. Vamos nos unir às pessoas com autismo e suas família para uma maior sensibilização e compreensão”, disse ele na mensagem deste ano, mencionando ainda a complexidade do autismo, que precisa de muita pesquisa. Vários monumentos e grandes construções ao redor do mundo se propuseram a iluminar-se de azul como manifestação em favor dessa conscientização no dia 2, como o prédio Empire State, em Nova York, nos Estados Unidos.

No Brasil, é preciso alertar, sobretudo, as autoridades e governantes para a criação de políticas de saúde pública para o tratamento e diagnóstico do autismo, além de apoiar e subsidiar pesquisas na área. Somente o diagnóstico precoce, e consequentemente iniciar uma intervenção precoce, pode oferecer mais qualidade de vida às pessoas com autismo, para a seguir iniciarmos estatísticas na área para termos idéia da dimensão dessa realidade no Brasil. E mudá-la.
O autismo faz parte de um grupo de desordens do cérebro chamado de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID) – também conhecido como Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD). Para muitos, o autismo remete à imagem dos casos mais graves, mas há vários níveis dentro do espectro autista. Nos limites dessa variação, há desde casos com sérios comprometimentos do cérebro a raros casos com diversas habilidades mentais, com a Síndrome de Asperger (um tipo leve de autismo) – atribuído inclusive a aos gênios Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Mozart e Einstein.

A medicina e a ciência de um modo geral sabem muito pouco sobre o autismo, descrito pela primeira vez em 1943 e somente 1993 incluído na Classificação Internacional de Doenças (CID 10) da Organização Mundial da Saúde como um transtorno invasivo do desenvolvimento. Muitas pesquisas ao redor do mundo tentam descobrir causas, intervenções mais eficazes e a tão esperada cura. Atualmente diversos tratamentos podem tornar a qualidade de vida da pessoa com autismo sensivelmente melhor.

Para este ano haverá, entre outros eventos promovidos pela ONU, o lançamento do documentário "A Mother’s Courage: Talking Back to Autism” (Coragem de mãe: falando sobre o autismo, em tradução livre), narrado pela premiada atriz Kate Winslet (de Titanic). O filme fala sobre uma mãe islandesa que viaja para os Estados Unidos em busca de novas terapias para o filho que é autista.

Além do dia 2, o mês de abril é considerado o mês da conscientização do autismo no mundo.

PAIVA JUNIOR
Jornalista, MTb: 33.245

Ilumine de Azul em 1º de Abril

Repassando um e-mail que recebi da ADEFA

Amigos,

Divulgando .... Por favor repassem para o máximo de amigos em volta do mundo.

Na noite de 1º de Abril o prédio Empire State em NY estará acesso com luzes azuis em conscientização sobre o dia do Autismo em 2 de Abril.

Estão urgindo e repassando a camapnha no resto do mundo para que todas as pessoas possam acender uma luz azul em suas casas.

Outros prédios por todo o país e o resto do mundo estará acendendo luzes azuis.

Coisas que você pode fazer para ajudar na conscientização do autismo:



1 -Usar o pin azul com o desenho de uma peça de quebra-cabeça durante todo o mês de abril e quando as pessoas perguntarem o motivo, você pode falar sobre o autismo e porque você está usando.

2 - Mudar as fotos do orkut e perfil no twitter ou facebook com a peça azul do quebra-cabeça ou com o logo da camapnha Light It Up: Blue e repassar para 10 amigos.

3 -Digitar todos os seus emails em AZUL e colocar o logo Light It Up Blue na assinatura durante todo o mês de Abril.

4 - No dia 2 de Abril vestir uma peça de roupa azul, camiseta ou calça e pedir pra seus amigos, familiares ou colegas de trabalho pra vestir também e tirar fotos e repassá-las, pra gente aqui no grupo também !! Se possiível colocá-las nas galerias do Flickr, Orkut, Twitter, Facebook.

5 - Cozinhar um bolo com o desenho da peça de quebra-cabeça Azul, preferencia todo em azul e levar pra escola, pro trabalho e dividir com seus amigos explicando o porque.

Existem várias maneiras de participar !

O importante é fazermos nossa parte para divulgar o máximo pra conscientização e um futuro melhor pros nossos pequeninos

Abraços,Eva Marques (mamãe Felipe - 3 anos)

Shine a Light on Autism
Light it Up: Blue - 2 de Abril dia Internacional do Autismo
http://www.lightitupblue.org/ - site oficial e galeria de fotos dos prédios que estarão azuis em todo o EUA e o resto do mundo.


quarta-feira, 24 de março de 2010

Autismo e a Doutrina Espírita

Dr. Ricardo Di Bernardi é médico pediatra e homeopata geral. Presidente e fundador do Instituto de Cultura Espírita de Florianópolis e da AME SC – Associação Médico-Espírita de Santa Catarina, Brasil. Escritor e autor dos reconhecidos livros "Gestação sublime Intercâmbio", "Reencarnação e Evolução das Espécies", "Dos Faraós a Física Quântica", "Reencarnação em Xeque" e "Voo Livre – Um estudo sobre reencarnação".

Neste texto ele nos mostra a relação existente entre Espiritismo e autismo.

1 - A doutrina Espírita pode nos facultar compreender que um autista não o é por acaso biológico, nem seus pais e familiares estão convivendo com ele por uma mera casualidade. Há uma continuidade de vidas anteriores e sobretudo continuidade do período intermissivo (entre as encarnações) ou erraticidade. Assim sendo convém considerar que o autismo decorre de causas pretéritas, em especial do período da chamada "erraticidade" quando posturas psíquicas foram determinantes para esta situação que será transitória no decurso do tempo.

2 - O autismo, segundo alguns autores encarnados e desencarnados, é uma expressão física, de uma importante desarmonia espiritual na qual o espírito recusa insistentemente reencarnar, rejeita ou não quer e não admite renascer. Em função disto, traz um aspecto de estar ausente, não adaptado, a realidade encarnatória.

3 - A doutrina espírita pode também auxiliar no tratamento e orientação aos familiares: além das sempre recomendáveis posturas universais e cristãs, de compreensão, carinho e respeito, há atitudes que podem beneficiar a um espírito encarnado nesta situação.

3.1 - Conversar com o autista quando ele estiver dormindo, pois a conversa é captada pelo inconsciente (espírito) este é quem está doente. Durante o sono o cérebro está dando espaço para que comuniquemos diretamente com o espírito, nesta conversa, falar devagar, pausadamente e dizer:

- Estamos contentes porquê você está aqui entre nós.

- Você tem muito que fazer aqui na Terra.

- Você vai ser feliz nesta vida.

- Nós te amamos muito.

- Você é inteligente, nós sabemos (repita) que você é inteligente.

- Você é amoroso, (repita) nós sentimos que você é amoroso.

Conte fatos bonitos, fale das belezas da natureza, da amizade, do amor etc.

Depois ou antes da conversa coloque músicas suaves.

3.2 - Mentalizar o chakra frontal (testa entre os olhos) enviando em pensamento uma energia luminosa azul clara e brilhante, repetindo pensamentos claros, lúcidos, curtos, por exemplo:

"Amanhã será sábado, sábado (repetir) é dia de (citar)...,"

"Quando acordar você vai pensar em bom dia, você vai dizer bom dia, eu vou dizer bom dia para você... "

Imagine e repita: "Uma energia agradável, bela, azul, clara e brilhante está entrando pela testa, diga: "a sensação é "boa"!
Repetir as frases...mentalize e fale da cor azul.

3.3 - Mentalizar o chakra cardíaco, imaginar uma energia luminosa rosa, envolvendo o coração do autista, dizer que é uma energia "boa ".

Fale: "agora você vai sentir a energia do nosso amor, sinta o amor entrando com esta energia rosa."

"Sinta a energia do carinho, fulano (diga o nome da pessoa) pense: eu gosto de... (cite) eu amo... eu sou capaz de amar, (fale devagar) eu sou capaz de gostar das pessoas."

"Meus olhar vai dizer que eu amo as pessoas."

Assim por diante.

3.4 - Pode-se e deve-se colocar o nome nos trabalhos espirituais de irradiação. Não recomendaríamos irradiação colectiva, mas individual, isto é específica para a pessoa ou o caso.

3.5 - Administrar passes.

3.6 - Indicar água energizada

3.7 - Preces

3.8 - Trabalhos de desobsessão (considerar que o problema não seja obsessão mas auto-obsessão, portanto dar ser dado este enfoque, esta condução)

3.9 - Orientar para manter o acompanhamento médico

4 - Muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiita paciência.

Abraço fraterno.
Dr. Ricardo di Bernardi

Texto publicado no "Jornal de Espiritismo" na coluna "Medicina e Espiritualidade", em parceria com AME Porto.

terça-feira, 23 de março de 2010

A perfeição de Deus

No Brooklyn, em Nova Iorque, EUA, Chush é uma escola que se dedica ao ensino de crianças especiais. Algumas crianças ali permanecem por toda a sua vida escolar, enquanto outras, podem ser encaminhadas para uma escola comum.

Num jantar de beneficência de Chush, o pai de uma de suas crianças, fez um discurso que nunca mais seria esquecido pelos que ali estavam presentes.

Depois de elogiar a escola e seu dedicado pessoal, perguntou:

“Onde está a perfeição no meu filho Pedro, se tudo o que Deus faz é feito com perfeição? Meu filho não pode entender as coisas como outras crianças entendem. Meu filho não pode se lembrar de fatos e números como as outras crianças. Então, onde está a perfeição de Deus?”

Todos ficaram chocados com a pergunta e com o sofrimento daquele pai, mas, ele continuou:

“Acredito que quando Deus traz uma criança especial ao mundo, a perfeição que Ele busca está no modo como as pessoas reagem diante desta criança”.

Então ele contou a seguinte história sobre o seu filho Pedro:

Uma tarde, Pedro e eu caminhávamos pelo parque, onde alguns meninos que o conheciam, estavam jogando baseball.

Pedro perguntou-me:

– Pai, você acha que eles me deixariam jogar?

Eu sabia das limitações do meu filho e que a maioria dos meninos não o queria na equipe. Mas, entendi que se Pedro pudesse jogar com eles, isto lhe daria uma confortável sensação de participação.

Aproximei-me de um dos meninos no campo e perguntei-lhe se Pedro poderia jogar.O menino deu uma olhada ao redor, buscando a aprovação de seus companheiros de equipe e mesmo não conseguindo nenhuma aprovação, ele assumiu a responsabilidade e disse:

– Nós estamos perdendo a seis rodadas e o jogo está na oitava. Acho que ele pode entrar na nossa equipe e tentaremos colocá-lo para bater até à nona rodada.

Fiquei admirado quando Pedro abriu um grande sorriso ao ouvir a resposta do menino.

Pediram então que ele calçasse a luva e fosse para o campo jogar. No final da oitava rodada, a equipe de Pedro marcou alguns pontos, mas, ainda estava perdendo por três. No final da nona rodada, a equipe de Pedro marcou novamente e agora com dois fora e as bases com potencial para a rodada decisiva, Pedro foi escalado para continuar.

Uma questão, porém, veio à minha mente: a equipe deixaria Pedro, de fato, rebater nesta circunstância e abdicar da possibilidade de ganhar o jogo?

Surpreendentemente, foi dado o bastão a Pedro. Todo mundo sabia que isto seria quase impossível, porque, ele nem mesmo sabia segurar o bastão.

Porém, quando Pedro tomou posição, o lançador se moveu alguns passos para arremessar a bola de maneira que Pedro pudesse ao menos rebater.

Foi feito o primeiro arremesso e Pedro perdeu, balançando o bastão de forma desajeitada.

Um dos companheiros de equipe de Pedro foi até ele e juntos seguraram o bastão e encararam o lançador.

O lançador deu novamente alguns passos para lançar a bola suavemente para Pedro.

Quando veio o lance, Pedro e o seu companheiro de equipe balançaram o bastão e juntos rebateram a lenta bola do lançador.

O lançador apanhou a suave bola e poderia tê-la lançado facilmente ao primeiro homem da base, Pedro estaria fora e isso teria terminado o jogo.

Ao invés disso, o lançador pegou a bola e lançou-a numa curva, longa e alta para o campo, distante do alcance do primeiro homem da base.

Então, todo mundo começou a gritar: “Pedro, corre para a primeira base, corre para a primeira”. Nunca na sua vida ele tinha corrido, mas, saiu disparado para a linha de base, com os olhos arregalados e assustados.

Até que ele alcançasse a primeira base, o jogador da direita teve a posse da bola. Ele poderia ter lançado a bola ao segundo homem da base, o que colocaria Pedro fora de jogo, pois, ele ainda estava correndo.

Mas o jogador entendeu quais eram as intenções do lançador, assim, lançou a bola alta e distante, acima da cabeça do terceiro homem da base.

Todo mundo gritou: “corre para a segunda, corre para a segunda base”.

Pedro correu para a segunda base, enquanto os jogadores à frente dele circulavam deliberadamente para a base principal.

Quando Pedro alcançou a segunda base, a curta parada adversária colocou-o na direção da terceira base e todos gritaram: “corre para a terceira”.

Ambas as equipes correram atrás dele gritando: “Pedro, corre para a base principal”.

Pedro correu para a base principal, pisou nela e todos os 18 meninos o ergueram nos ombros fazendo dele um herói, como se ele tivesse vencido o campeonato e ganho o jogo para a equipe dele”.

“Naquele dia”, disse o pai, com lágrimas caindo sobre a face, “aqueles 18 meninos alcançaram a perfeição de Deus. Eu nunca tinha visto um sorriso tão lindo no rosto do meu filho!”

“Jamais diga para Deus que você tem um grande problema; diga ao seu problema que você tem um grande Deus!”

segunda-feira, 22 de março de 2010

Adam - Síndrome de Asperger

O jovem engenheiro eletrônico Adam acaba de perder o pai. Com dificuldades de se socializar, vive isolado em seu apartamento excessivamente organizado em Nova York. Sua rotina se transforma quando a atraente Beth se muda para o andar de cima. Inicialmente reticente com o comportamento estranho do vizinho, ela aos poucos passa a conhece-lo melhor e a entender as razões por trás de suas dificuldades de comunicação.

Adam possui a Síndrome de Asperger, um tipo de autismo que faz com que ele tenha certa dificuldade em identificar os pensamentos e os sentimentos das pessoas que o rodeiam.

Percebendo o interesse de Adam e a ligação profunda que se formou entre eles, Beth resolve dar uma chance ao relacionamento. Competição do Festival de Sundance 2009.




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Diferentes tipos de aprendizes

Estilos de aprendizagem baseiam-se na forma como assimilamos informação. Podemos aprender através da visão, do toque e/ou da audição. Também temos diferentes tipos de memória – algumas pessoas têm mais facilidade de se lembrar de acontecimentos do que outras. Algumas pessoas aprendem detalhes, enquanto outras gostam de ver o todo. A maioria das pessoas tem um estilo de aprendizagem preferido – a maneira pela qual aprendem melhor. Seu filho também tem um estilo de aprendizagem preferido.

Aprendizes de rotinas


Muitas crianças com TEA (Transtorno do Espectro do Autismo), como Michele, obtêm informações memorizando coisas sem pensar. Essas crianças memorizam uma enorme quantidade de informações – tais como números e letras – quando pequenas, e muitos fatos sobre assuntos específicos quando crescem. Se por um lado podem recitar a informação palavra por palavra, por outro freqüentemente não entendem o que estão dizendo.

Aprendizes Gestalt

Muitas crianças com TEA memorizam sentenças como um todo sem compreender o significado de cada palavra. Crianças que processam a informação desta forma têm um estilo de aprendizagem “gestalt”. Por exemplo, se der ao seu filho um brinquedo de banheira e disser “Ponha isso na água”, pode ser que ele atenda. Contudo, se der a ele um brinquedo de banheira e disser “Ponha isso na estante”, pode ser que ele o ponha na água. Seu filho comete esse erro porque associa qualquer frase que contenha a palavra “ponha” com uma ação específica, independentemente das outras palavras da frase.


Ao contrário de outras crianças que aprendem a falar usando palavras isoladas e depois gradualmente adquirem frases de duas palavras e sentenças curtas, crianças que são aprendizes gestalt começam a falar repetindo sentenças inteiras. Crianças com aprendizagem gestalt costumam lembrar de tudo em uma situação, mas quase sempre não conseguem discernir o que é importante do que não é.

Na figura, por exemplo, Felipe não consegue dizer ao pai como está se sentindo com as próprias palavras. Em vez disso, repete um trecho que memorizou de uma música que ele associa com tristeza.

Aprendizes Visuais

Se o seu filho gosta de olhar livros ou ver TV, pode ser um aprendiz visual. A maioria das crianças com qualquer dificuldade de linguagem aprende melhor quando vê coisas do que quando as ouve. Uma vez que a visão é o sentido mais forte, muitas dessas crianças ficam encantadas por livros ilustrados e vídeos.

Aprendizes “mãos na massa”

Se o seu filho gosta de apertar botões, abrir e fechar portas e/ou consegue entender o mais complicado dos brinquedos, o mais provável é que ele seja um aprendiz “mãos na massa”, que aprende melhor pegando ou mexendo nas coisas.

Aprendizes Auditivos

Se o seu filho gosta de conversar e ouvir outros conversando, pode ser um aprendiz auditivo, que gosta de obter informações através da audição. Não é comum que uma criança com TEA dependa primariamente da aprendizagem auditiva.

Fonte: Livro Mais do Que Palavras de Fern Sussman

Peu cresceu e O Mundo de Peu também mudou.

Bem-vindo ao blog O Mundo de Peu! Olá, tudo bem? Meu nome é Marcelo Rodrigues, pai de Pedro (Peu), sou o criador do blog O Mund...