Em matéria de abordagem do autismo, o filme de Michel Orion Scott situa-se a meio caminho entre o tom “pra cima” de Autism: The Musical e o tom “pra baixo” de O Nome dela é Sabine.
Durante uma viagem aventuresca do Texas às estepes da Mongólia em busca de cura xamânica para seu filho autista, o casal Isaacson é visto lutando contra as dúvidas e comemorando as pequenas vitórias.
Mas os vemos também no stress dos retrocessos e nos momentos de profundo cansaço e desânimo perante um desafio hercúleo.
O pequeno Rowan tem uma relação especial com animais, principalmente cavalos, e esse é o fio condutor tanto da experiência, como do filme. A câmera viajante capta os comentários imediatos dos pais, em vez de reflexões ponderadas a posteriori. Daí um sentido de urgência, temperado pelo lirismo com que são tratados lugares e sentimentos.
Daí também o espectador se envolver facilmente na obstinação e na doçura dos Isaacson.
Crítica retirada do blog de Carlos Alberto Mattos
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