segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Natal no Poisson Rouge

Poisson Rouge é um site cheio de jogos interativos que estimulam a inteligência e a imaginação de crianças em idade pré-escolar. O visual é bastante limpo, os sons e as músicas são suaves e não agridem os ouvidos dos nossos pequenos.

Peu se diverte bastante com ele e já explorou quase todos os jogos. O jogo mais recente é o de Natal.

Clique aqui ou na imagem e confira.


sábado, 19 de dezembro de 2009

Seu filho com autismo: 7 coisas para fazer no feriado de Natal

Por Raun Kaufman K. Autism Treatment Center of America
Primeira criança do Programa Son-Rise

Nos Estados Unidos uma em cada 150 crianças tem um transtorno do espectro do autismo. The Autism Treatment Center of America ™, uma organização sem fins lucrativos, em Sheffield, Massachusetts, trabalha com famílias de todo o mundo que possuem crianças que estão no espectro do autismo. No Centro, os pais são treinados no Programa Son-Rise ®, um método exclusivo que permite as crianças melhorarem dramaticamente, construir relacionamentos significativos, superar desafios aparentemente insuperáveis, e, em alguns casos, recuperar completamente.

Raun Kaufman recuperou-se totalmente sem nenhum traço de seu autismo anterior, superou o distúrbio através do Programa Son-Rise, criado por seus pais para ajudá-lo. Abaixo, ele dá algumas dicas fundamentais para os pais que planejam sair de férias com seu filho que está no espectro do autismo.

7 dicas positivas para fazer nas festa de fim-de-ano


1) Siga (acompanhe) a sua criança!

A maioria dos nossos filhos executa vários comportamentos repetitivos. Um número cada vez maior de pesquisadores está mostrando que esses comportamentos são úteis e importantes para o sistema nervoso do seu filho. Assim, quando seu filho começa a agitar as mãos, fazer a mesma pergunta várias vezes, ou alinhar os carros de brinquedo, deixe que seu filho faça isso. Na verdade, pode ser ainda mais útil se você juntar-se ao seu filho nestes comportamentos! Agite suas próprias mãos, ou alinhe os seus próprios brinquedos!

2) Celebre sua criança!

Para a maioria de nós o nosso filho se comporta de maneira desafiadora. Nós nos preocupamos com isso, nós olhamos para ele, e nós tentamos pará-lo sempre que isso acontece.

Ironicamente, isto coloca todo o foco sobre o que você NÃO quer que seu filho faça. Por exemplo: a criança grita, chora, bate, joga objetos, etc. Não demonstre reação. Mantenha sua expressão facial e sua voz em um tom neutro (ex: não grite, não franza as sobrancelhas, não faça careta, etc.). Sempre se movimente vagarosamente e com calma durante esse momento, pois assim você minimiza as suas reações, deixando de ser um possível apoio para esses comportamentos.

Dê reações substanciais de celebração cada vez que sua criança for gentil ou pedir algo de uma maneira que você prefira.

3) Explique com antecedência.

Antes de sair de viagem ou de ir a uma festa: Explique com antecedência ao seu filho o que irão fazer (mesmo que o seu filho seja não-verbal) o que vai acontecer e como isso vai ser divertido para ele.

4) Dê dicas a sua família.

Se você estiver visitando a família com seu filho, telefone ou envie um e-mail para explicar o que eles podem fazer para tornar a visita mais agradável para você e seu filho. Explique que ruídos altos e súbitos podem ser problemáticos, ou dizer a todos a resposta que seu filho gosta de ouvir quando ele ou ela pergunta várias vezes, "Como a velocidade faz o carro ir?"

5) Preparar um quarto tranqüilo.

Se você estiver indo para casa de outra pessoa com o seu filho, prepare, com antecedência, uma sala tranqüila ou um ambiente onde a criança possa ir para descontrair uma vez que elas começam a ser super estimuladas por todas as emoções e estímulos sensoriais que compõem a maioria das celebrações. De vez em quando leve seu filho para esta sala e passe algum tempo sozinho com ele.

6) Simule um passeio sem sair de casa!

Crianças no espectro do autismo se sentirão sempre melhor quando elas não estiverem estimuladas pelos muitos locais, sons, cheiros e eventos imprevisíveis do mundo exterior. Você pode criar uma experiência em sua própria casa do que normalmente você iria fazer fora. Por exemplo, em vez de ir a um passeio à noite assistir ao festival de luzes, você pode colocar todas as luzes de Natal ao redor de sua casa, apagar as luzes do ambiente, e tocar música de Natal em volume suave. Você pode estar preocupado em privar o seu filho de uma experiência de férias divertidas, mas tenha em mente que quando a criança não consegue digerir a experiência, eles não estão tendo a experiência divertida que você deseja. Por isso, se você pode criar uma versão de fácil digestão, a experiência em casa, seu filho pode ter e desfrutar da experiência. Ao fazer isso, você está realmente dando o seu filho mais, não menos.

7) Traga o espírito do Natal para casa.

Então, muitas vezes, ficamos presos as armadilhas das festas - a árvore, os presentes, os passeios que temos que fazer exatamente como planejamos. Não há problemas em arranjar coisas divertidas, mas lembre-se que estas coisas são apenas enfeites. Elas não são o presente, são apenas a embalagem.

O presente é o seu filho especial.

O presente é a partilha de esperança e doçura com as pessoas que você ama.

Em vez de utilizar as festas de fim-de-ano como um festival de planejamento use-as para ver a beleza na singularidade do seu filho. Use-as para comemorar o que seu filho pode fazer, e aproveite para usá-la para sentir compaixão e incentivar o seu filho de forma muito diferente de vivenciar o mundo.

Boas Festas!

Autismo afeta quase 1% das crianças dos EUA, diz estudo

Por JoAnne Allen

WASHINGTON (Reuters) - O autismo, distúrbio cerebral incurável que prejudica a comunicação e a sociabilidade, afetava uma em cada 110 crianças de oito anos nos EUA em 2006, segundo um estudo divulgado na sexta-feira pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças do país.

A pesquisa concluiu que o autismo é quatro a cinco vezes mais comum em meninos (um caso em cada 70 indivíduos) do que em meninas (um para 315). Isso está bem acima das estimativas anteriores, que era de um caso a cada 150 crianças nos EUA.

Há algumas décadas o autismo era considerado raro. Hoje em dia, sabe-se que se trata de um conjunto de doenças, e não de uma única enfermidade mental.

O estudo também descobriu que o autismo é bem mais comum entre crianças brancas não-hispânicas, em comparação a negros e hispânicos. Os pesquisadores apontaram um aumento de 55 por cento entre crianças brancas, de 41 por cento entre negras e 90 por cento entre hispânicas.

Catherine Rice, do CDC, disse que não há um fator isolado por trás do aumento. "Parte do crescimento se deve a uma melhor detecção, especialmente entre crianças que podem não ter sido notadas no passado - inclusive meninas, crianças hispânicas e crianças sem dificuldade cognitiva", disse Rice a jornalistas.

Mas ela afirmou que também pode estar acontecendo alguma coisa que torne o autismo mais comum.

Segundo os pesquisadores, a maioria dos autistas apresenta sintomas antes dos três anos de idade, embora o diagnóstico só costume acontecer mais tarde - em média aos 4,5 anos, segundo o CDC.

A equipe do CDC examinou diagnósticos médicos de 307.790 crianças que tinham oito anos de idade em 2006. Descobriu que 2.757, ou 0,9 por cento, haviam sido diagnosticadas como autistas.

Embora não haja cura, pode haver casos com sintomas brandos, e os especialistas acreditam que um tratamento intensivo e precoce ajude as crianças com o distúrbio.

A entidade Autism Speaks pediu ao governo dos EUA que aprimore os tratamentos.
"Precisamos de uma ação significativa que reconheça a abrangência deste problema e aloque os recursos necessários para levar a luta contra o autismo a um novo nível", disse Bob Wright, cofundador do grupo, em nota.

Rice disse que as pesquisas seguem uma abordagem múltipla, já que "não há uma causa única para o autismo". Os pesquisadores têm examinado vários fatores ambientais, como produtos domésticos, tratamentos médicos, alimentação, suplementos alimentares e infecções.

A Pfizer, maior laboratório do mundo, anunciou em julho que começou a desenvolver tratamentos para o autismo.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Mãe diz que educação e treinamento ajudaram o filho a superar o autismo




Por Debbie Denmon WFAA-TV

É fascinante ver o quão longe Roman Scott progrediu oito anos depois de ter sido diagnosticado com autismo.

"Com 2 anos de idade ele não falava", disse sua mãe, Elizabeth Scott. "Tinha momentos em que ele não podia ficar parado. Um dia ele correu 60 voltas em torno da nossa sala de estar, se tentássemos pará-lo ele chorava porque queria continuar correndo. "

Roman parecia estar correndo de medo.

Ele também sentia medo de tocar as coisas com texturas diferentes, como massa de modelar, bolhas, ou alimentos comidos com as mãos.

"Todos os dias eu sentia tanto medo", Scott acrescentou, "então eu orei e pedi a Deus:" O que eu tenho que fazer para ajudar essa criança? " Pedi sugestões de fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais e então eu criei o meu próprio programa para ele ".

Scott precisou abandonar sua carreira como professora e começou a dedicar seu tempo em sessões da terapia desenvolvida por ela com o objetivo de treinar o cérebro de Roman, começando com o uso de jogos educativos.

Ela disse que eles fizeram 78 treinos e habilidades de forma lenta e metodicamente para construir a sua confiança.

"Ele sentia medo da chuva", disse Scott, "assim ele também sentia medo de tomar uma ducha. Então tivemos que dessensibilizar sua cabeça. Eu pegava um punhado de água e salpicava-lhe sobre a cabeça, permitindo a ele se acostumar com a água caindo sobre seu rosto. "

O vídeo do verão passado da família mostrando ele nadando na piscina é uma realização enorme.

Scott trabalhou com Roman 10 horas por dia durante três anos, e seus esforços lhe garantiram o sucesso - 45 sintomas autistas desapareceram, disse ela.

"Eu sei que muitos pais dizem" 10 horas por dia? Oh, é muito tempo. " Mas eu digo que faria tudo de novo. E agora eu tenho o meu filho de volta ", disse Scott.

A capacidade de Roman para completar quebra-cabeças difíceis ainda assombra sua antiga professora, Paige Garza.

Roman já havia participado de uma classe de educação especial.

"Eu teria que dizer que eu nunca vi uma pessoa se recuperar de autismo", disse Garza. "Este é o primeiro."

Garza fica surpresa ao vê-lo jogar com os outros. Roman costumava chorar e gritar, se outra criança o tocasse. "Quando me lembro de como ele era quando estava na minha classe. E agora? Posso dizer que estamos falando de duas crianças diferentes.", disse Garza.

Roman é agora um aluno normal do segundo ano numa sala de aula tradicional.

Ele tem um melhor amigo, destaca-se academicamente, e joga dois esportes.


Scott escreveu um livro intitulado "Raindrops on Roman, detalhando exatamente o que ela fez para ajudar o filho a se recuperar.

"Eu acredito no seu milagre", disse Scott, "mas, eu quero o milagre para todos".

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Autismo: Quem é o bobo nessa história?

Por Erivelton Rodrigues

Você já ouviu falar em autismo? Um dia desses,grande parte dos brasileiros ouviu e de uma forma no mínimo leviana.

"Se nós fossemos pessoas melhores levaríamos a Bozena ao médico. Agora me ocorreu que eu tenho a impressão de que a Bozena é autista.

Lembra de um filme que a gente viu com Tom Cruise, que o irmão era meio bobo, era autista?"

Esta frase foi pronunciada durante a programação da maior emissora de televisão do país. Trata-se de uma fala do personagem Mário Jorge do programa humorístico "Toma lá, dá cá", vivido pelo ator Miguel Falabella, que também assina a obra como autor.

No diálogo, Mário Jorge depreciava a empregada Bozena, vivida pela atriz Alessandra Maestrini.
Pois bem, está no dicionário: "Bobo: Pessoa que quer divertir os outros com trejeitos, caretas e ditos tolos".

Também está no dicionário o significado do termo autista: "Pessoa que sofre de autismo" que por sua vez quer dizer "Estado mental caracterizado pela tendência a alhear-se do mundo exterior e ensimesmar-se".

E vamos além: O autismo é uma desordem comportamental que geralmente impede que a pessoa que sofre dela desenvolva relações sociais normais, se comportando de maneira compulsiva e ritualista. Não se trata de um retardo mental ou lesão cerebral como muitos pensam, embora vários autistas apresentem também estes problemas.

Os sinais do autismo costumam aparecer antes dos três anos de idade e sua causa é desconhecida, apesar de haver vários estudos como tentativas de encontrá-la.

Pode ocorrer atraso na iniciação da fala de uma criança autista com relação a outras crianças da mesma faixa etária de idade. A criança autista costuma se isolar, não por estar desinteressada por relacionamentos com outras pessoas mas por ter dificuldade em iniciar, manter e terminar uma conversa.

Ela não possui o hábito de abraçar, olhar no olho das outras pessoas e ao falar pode ser que o faça de forma diferente ou que não o faça, algumas vezes por não poder, outras por não querer.

Também podem ser encontrados nos indivíduos com autismo,outros sintomas tais como: Risos e sorrisos inapropriados, resistência a mudar de rotina, insistência com gestos idênticos, pequena resposta aos métodos normais de ensino, aparente insensibilidade à dor, repetição de palavras ou frases, hiper ou hipo atividade física, angústia sem razão aparente, não responde às ordens verbais atuando como se fosse surdo, dificuldade em expressar suas necessidades empregando gestos ou sinais para os objetos em vez de usar palavras,etc.

Existem vários graus de autismo, podendo haver portanto, autistas mais sociais, intelectuais e por diversas vezes não muito diferentes das pessoas tidas como normais. O diagnóstico da doença é feito por meio de observação.

Enfim, tentemos responder agora, a pergunta feita no título: Quem é o bobo nessa história?

Existe virtude em instigar julgamentos preconceituosos utilizando de um meio de comunicação de massa, de concessão pública, em nome de uma audiência conquistada à qualquer custo? O ator pediu desculpas pelo ocorrido, mas que não se confunda o ato de pedir desculpas por uma falha, com o ato de apagá-la.

Bobo o autista? Não. Bobo, o artista.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Técnica para tratar autista mais cedo traz ganho de QI

Um estudo pioneiro da Universidade de Washington publicado nesta terça-feira (1º) na revista "Pediatrics" revela que bebês com transtornos do espectro autista podem ter ganhos de comunicação, de interação social e de QI quando submetidos a uma intervenção intensiva precoce, a partir dos 18 meses de idade.

Para o psiquiatra Estevão Vadasz, coordenador do Projeto de Autismo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, apesar de o método ser aplicado há mais de 20 anos em crianças mais velhas, inclusive no Brasil, o trabalho é original ao revelar eficiência em uma faixa etária mais baixa. "Sabe-se que, quanto mais cedo se tem o diagnóstico, melhor, mas ninguém tinha feito um estudo grande assim."

O médico defende que o método seja aplicado [no serviço público] no Brasil "o mais urgente possível". "É muito mais barato investir quando a criança é pequena do que gastar bilhões com adultos e adolescentes, quando não se tem praticamente nada a fazer."

Ana Maria Mello, superintendente da AMA (Associação de Amigos do Autista), também é a favor de tratar cedo. "A intervenção precoce faz toda a diferença. A partir dos dois anos de idade, os resultados já são muito bons", afirma.

Luiz Celso Vilanova, chefe do Departamento de Neurologia Infantil da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), acha a proposta positiva, mas faz uma ressalva. "Se esse método é melhor do que outros, não dá para saber [pelo estudo], mas ele é multidisciplinar, foi elaborado por fisioterapeutas, fonoaudiólogos, pediatras, neurologistas", afirma.

Segundo ele, poucos centros no país atendem o autista de maneira intensiva, como no estudo. Para Vadasz, sua aplicação não é viável na rede pública. "Na particular, custa de R$ 1.000 a R$ 2.500 por mês."
Diagnóstico

Segundo Vilanova, nem sempre é possível, aos 18 meses, diagnosticar o autismo infantil.

"Mas posso colocar no grupo de distúrbio invasivo do desenvolvimento [doenças caracterizadas por dificuldade de interação social e de comunicação e por um repertório restrito de interesses e atividades, como o autismo] quando a criança tem comprometimento de linguagem, de habilidades motoras, comportamentos repetitivos.

Há casos em que dá para saber, mas há outros em que não", diz ele.

O diagnóstico depende ainda do acesso aos serviços de saúde. "Em famílias mais ricas, tenho visto aos dois anos. No SUS, há crianças de cinco anos sem diagnóstico, que terão muito menos ganhos do que se tivessem iniciado o trabalho antes."

Mello afirma conhecer apenas um caso de diagnóstico de criança com menos de dois anos de idade, mas acredita que a tendência é que os médicos detectem a doença cada vez mais cedo, por terem maior acesso à informação.

Fonte: Gazetaweb

Tratamento precoce é eficaz

Estudo dos EUA constata que tratamento de autismo em bebês é eficaz


O tratamento de autismo se mostra mais eficaz quanto mais cedo for iniciado. Um estudo realizado nos Estados Unidos constatou resultados animadores em crianças diagnosticadas com a doença e que começaram a ser tratadas de forma mais rigorosa a partir do 1º ano de vida.

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Washington concluiu que o tratamento pode amenizar muito os sintomas da doença. Foram avaliadas 48 crianças autistas, entre 1 ano de meio e 2 anos e meio.

Um grupo foi selecionado aleatoriamente para receber um tratamento especializado, conhecido como Early Start Denver, focado na interação e na comunicação - as maiores dificuldades das crianças autistas. A outra parte era atendida de forma menos abrangente e intensa.

Em uma das etapas ao que o primeiro grupo foi submetido, os pais e terapeutas seguram repetidamente brinquedos muito próximos ao rosto da criança, para que ela seja obrigada a manter contato visual. Em outro exercício, a criança é recompensada por usar palavras para pedir brinquedos. Foram quatro horas de atenção dos terapeutas durante cinco dias na semana, e o tratamento era repetido em casa, com os pais, por pelo menos mais cinco horas semanais.

Resultados - Depois de dois anos, o Quociente de Inteligência (QI) das crianças do primeiro grupo subiu, em média, 18 pontos, enquanto os que foram submetidos a outros tratamentos tiveram aumento médio de sete pontos. Reavaliados, quase 30% do grupo foi diagnosticado com uma variação menos severa do autismo, contra apenas 5% do outro grupo. Os pesquisadores ressaltam, entretanto, que nenhuma criança foi "curada".

O tratamento cada vez mais cedo do autismo, apesar de receber atenção especial dos especialistas, continua sendo um assunto controverso, já que são escassas as evidências rigorosamente comprovadas de que esse tipo de tratamento realmente funciona. Mesmo assim, o recente estudo é de grande importância e representa uma marco na área, afirmou Tony Charman, especialista em autismo do Instituto de Educação de Londres.

Fonte: Veja.com

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Audiência pública sobre autismo em Brasília

Ao afirmarem que autismo tem recuperação, participantes de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) exigiram políticas públicas direcionadas ao problema e mais investimentos em pesquisa para diagnosticar a doença de forma precoce.

A coordenadora de política mental do Ministério da Saúde, Cristina Hoffman, afirmou que o assunto é uma das prioridades da pasta. Ela destacou que o transtorno deve ser tratado com atendimento integral e de forma multidisciplinar e individualizada. Também o acompanhamento da família, destacou, é importante para garantir o sucesso do tratamento e a recuperação da criança autista.

Também na avaliação da diretora presidente da Associação em Defesa do Autista (Adefa), Julceli Antunes, é necessário envolvimento de profissionais das áreas de saúde e educação - como médicos, nutricionistas e educadores -para tratar pessoas com autismo.

A Biomédica e pesquisadora da Universidade Federal Fluminense, Mariel Mendes, apresentou informações sobre a teoria de que crianças sensíveis podem desenvolver o autismo em razão de alergia a açúcar, glúten ou por intoxicação com algumas substâncias encontradas em alimentos industrializados.

Nos Estados Unidos e na Europa, informou a psicóloga Sandra Cerqueira, os portadores de autismo têm sido recuperados com resultados rápidos e eficientes. Ela também enfatizou que é possível reverter uma situação de autismo com o tratamento adequado que envolve, segundo a psicóloga, terapia comportamental aliada à dieta alimentar e tratamento biomédico.

- Quando falamos em cura somos apedrejados, porque "isso não existe, não é possível". Mas eu quero aqui ser apedrejada porque se esse for o preço que eu preciso pagar para dizer a vocês, aos senadores e às autoridades (que há cura para o autismo) não quero deixar passar a oportunidade - afirmou a psicóloga que Sandra Cerqueira, que desafiou os presentes a ver a terapia que ela vem aplicando para comprovar o que diz.

Berenice Piana de Piana, que representou as mães de autistas, informou que, atualmente, nos Estados Unidos, há uma criança autista para cada 90 nascimentos. No Brasil, ressaltou, não há estatísticas sobre o número de pessoas nessa condição.

- Os números apontam que algo grave está acontecendo. Que geração teremos? Uma geração de autistas. Sempre perguntam que planeta deixaremos para nossas crianças, mas pergunto que crianças deixaremos para o nosso planeta - ao afirmar que o número de portadores do transtorno está aumentando.

Incompetência

A diretora do Movimento Orgulho Autista do Brasil, Maria Lúcia Gonçalves, informou que há poucos profissionais competentes no Brasil para diagnosticar autismo precocemente. Como exemplo de tal carência, ela informou que, no Brasil, há três psiquiatras para cada 100 mil pessoas com menos de 20 anos e com transtornos severos.

O militar Ulisses da Costa Batista, pai de um menino autista, cobrou do Estado diagnóstico precoce para que os pediatras possam detectar o autismo precocemente e seja possível iniciar o tratamento ainda em bebês.

Iranice do Nascimento Pinto, representante da Associação de Pais e Amigos de Pessoas Autistas Mão Amiga, disse que, na maioria das vezes, as crianças autistas são cuidadas pelas mães. Em caso de morte da mãe, alertou, essas crianças sofrem por não saberem se comunicar com outras pessoas e por não haver, em âmbito público, profissionais especializados para cuidar delas.

- É uma sentença para os pais saber que o filho é autista e que não há tratamento na rede pública - disse o deputado estadual do Rio de Janeiro Audir Santana.

Projeto

As entidades vão apresentar projeto de lei à CDH com as reivindicações dessa parcela da população. O senador Paulo Paim (PT-RS) disse que vai pedir ao presidente do colegiado, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), a relatoria da matéria. Paim também prometeu levar a proposta à Câmara dos Deputados, Casa na qual tramita o Estatuto da Pessoa com Deficiência (PL 3638/00), de autoria de Paim, para que os deputados incluam as necessidades dos autistas no projeto.

O debate foi uma iniciativa do vice-presidente da comissão, senador Paulo Paim. A audiência, que emocionou os presentes, teve início com Saulo Pereira, autista de 25 anos, cantando Ave Maria, e foi encerrada com O Sole Mio e Quem Sabe? Pereira também toca piano e fala Inglês, alemão e italiano.

Participaram da audiência pública entidades dos estados de Alagoas, Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Amazonas, Goiás e Santa Catarina.

Iara Farias Borges / Agência Senado

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Borboleta Azul

Havia um viúvo que morava com suas duas filhas curiosas e inteligentes. As meninas sempre faziam muitas perguntas. Algumas ele sabia responder, outras não.

Como pretendia oferecer a elas a melhor educação, mandou as meninas passarem férias com um sábio que morava no alto de uma colina.

O sábio sempre respondia todas as perguntas sem hesitar. Impacientes com o sábio, as meninas resolveram inventar uma pergunta que ele não saberia responder.

Então, uma delas apareceu com uma borboleta azul que usaria pra pegar uma peça no sábio.

- O que você vai fazer? - perguntou a irmã

- Vou esconder a borboleta em minhas mãos e perguntar se ela está viva ou morta. Se ele disser que está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar. Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la e esmagá-la.

E assim qualquer resposta que o sábio nos der está errada!

As duas meninas foram, então, ao encontro do sábio, que estava meditando.

- Tenho aqui uma borboleta azul. Diga-me sábio, ela está viva ou morta?

Calmamente o sábio sorriu e respondeu:

- Depende de você. Ela está em suas mãos.

Assim é a nossa vida, o nosso presente e o nosso futuro. Não devemos culpar ninguém quando algo dá errado. Somos nós os responsáveis por aquilo que conquistamos (ou não).

Nossa vida está em nossas mãos, assim como a borboleta. Cabe a nós escolher o que fazer com ela.

Autor desconhecido

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O uso de probióticos para aliviar os sintomas do autismo

Por Sylvia Anderson - Alternative Health Journal

Os probióticos estão se tornando um grande tema de discussão no campo da medicina, bem como entre os pesquisadores e cientistas em toda parte.

Probióticos, também conhecidos como bactérias "boas" ou "amigáveis", estiveram sob os holofotes dos pesquisadores que questionaram quais benéficos eles trariam como um tratamento para o autismo.

Autismo é uma transtorno caracterizado por um amplo grupo de desordens no neurodesenvolvimento, em que a interação social dos portadores é bastante prejudicada.

Baseado nisso, muitos querem saber como probióticos podem desempenhar um papel no tratamento do autismo. No entanto, o autismo é composto por vários sintomas físicos, além dos sintomas psicológicos e neurológicos. Um dos principais sintomas físicos encontrados em pacientes com autismo são os problemas de estômago. Isso ajuda a explicar onde probióticos entram em jogo uma vez que os probióticos são benéficos ao estômago e ao revestimento
intestinal.

A pesquisa mostrou que crianças com autismo têm uma grande quantidade de bactéria Clostridium em seu corpo, que em certos níveis, podem produzir toxinas que afetam o cérebro. Embora não tenha sido determinada medicamente que bactéria Clostridium é realmente a causa dos sintomas do autismo, verificou-se que os pacientes que foram dados probióticos apresentaram melhora.

Probióticos são grupo de microorganismos vivos, incluindo cepas de Bifidobacterium e Lactobacillus, bem como vários tipos de levedura, que quando ingeridos melhoram o equilíbrio do trato gastrointestinal. Em termos mais simples, os probióticos podem ajudar a fornecer ao estômago uma grande quantidade de bactérias boas para prevenir ou minimizar os problemas de estômago característica das crianças autistas, como inchaço, dores de estômago, prisão de ventre e outros problemas intestinais.

Muitos pais de crianças autistas estão descobrindo que seus filhos têm menos problemas digestivos quando administrada uma dose diária de probióticos. Será uma coincidência ou algo mais digno de investigação? Os cientistas, bem como os pais definitivamente sentem que este assunto é merecedor de mais investigação e pesquisa, pois se os probióticos podem realmente
ajudar as crianças autistas com problemas digestivos, isso pode ajudar a outros sintomas, incluindo efeitos psicológicos positivos.

Infecções fúngicas é outro problema que afeta muitas crianças com autismo. Mas doses regulares de probióticos parecem equilibrar o crescimento de fungos.Tenha em mente que nossos corpos são normalmente constituídos por boas e más bactérias, no entanto, nossa má alimentação e estilo de vida tendem a permitir que as bactérias más possam assumir. A adição de probióticos
na alimentação, seja em suplementos ou alimentos à base de probióticos, permitirá que as boas bactérias assumam o controle.

Outros estudos recentes sobre as crianças autistas incluem o papel que os probióticos tem na mudança do comportamento e humor. Um grupo de crianças autistas foi reunido e metade deles receberam probióticos, enquanto a outra metade recebeu probióticos "falsos" (os pais não foram informados qual tipo de probiótico seu filho havia recebido). O resultado deste teste foi que os pais cujos filhos receberam o probiótico real viram notáveis melhorias comportamentais em seus filhos. Eles possuíam melhor atenção, melhor concentração e apresentaram em geral um melhor humor.

Os pesquisadores não tinham certeza se a melhora do humor e disposição foi por causa dos efeitos psicológicos positivos dos probióticos ou se as crianças se comportaram melhor, porque eles simplesmente se sentiram melhor fisicamente. Assim, houve melhoria efeitos psicológicos ou melhoria efeitos físicos? Muitos sentem que não importa contanto que estejam mostrando
melhorias quando estiverem usando probióticos.

Fonte: http://www.alternativehealthjournal.com/article/the_use_of_probiotics_to_relieve_autism_symptoms/3869

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Sinto-me só

Uma história tocante sobre uma família simultaneamente destruída e unida pelo autismo

"Um menino está sentado sozinho em um tapete branco manchado, com o canto de um cobertor desfiado enfiado na boca, balançando a cabeça, os dedos das duas mãos girando na altura das orelhas. Ele não parece sentir falta de companhia ou estar ansioso para buscá-la. Se você diz oi, ele não olha para você nem se volta na direção de sua voz. Se você se coloca em sua linha de visão, ele desvia o olhar..."

Karl Taro Greenfeld soube desde cedo que seu irmãozinho, Noah, não era como as outras crianças. Ele não engatinhava, tinha dificuldades para fazer contato visual e interagir com outros membros da família.

À medida que Noah foi crescendo, suas diferenças se tornaram ainda mais pronunciadas - ele era incapaz de se comunicar verbalmente, usar o banheiro e amarrar os sapatos, e, apesar da atitude angelical, sempre tinha explosões violentas.

Nenhum médico podia indicar com precisão o problema de Noah; nenhum especialista ia além do diagnóstico geral: autismo. Os pais do menino, Josh e Foumi, dedicaram a vida a cuidar do filho mais novo com variadas abordagens - uma experiência desafiadora e frequentemente dolorosa.

Agora, pela primeira vez, o aclamado jornalista Karl Taro Greenfeld fala sobre como foi crescer à sombra de seu irmão autista, revelando a complexa mistura de raiva, confusão e amor que definiu sua infância.

Sinto-me só são suas memórias brutalmente honestas.

Ao tecer tudo que os Greenfeld viveram na busca pelo tratamento de Noah com a história profundamente tocante de dois meninos diferentes crescento lado a lado, este livro levanta questões cruciais: os relacionamentos podem existir sem a linguagem? Como pais, que estão envelhecendo, podem ajudar uma criança autista e, depois, um adulto que não é autossuficiente a se tornar membro da sociedade?

Sinto-me só é um tocante livro de memórias. Greenfeld fala, com honestidade, sobre como foi crescer à sombra de seu irmão autista, revelando a complexa mistura de raiva, confusão e amor que definiu sua infância. A relação entre os dois é uma verdadeira lição sobre o que significa ser uma família, um irmão, uma pessoa.

A franqueza de Sinto-me só é arrebatadora e não deixará ninguém indiferente. Um exemplo de humanidade.

Editora: Planeta
Autor: KARL TARO GREENFELD
Ano: 2009
Edição: 1
Número de páginas: 360
Acabamento: Brochura

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Coleções por Daniel Tammet

Uma das maiores fontes de frustração para meus pais foram minhas coleções obsessivas de diferentes coisas, como as castanhas marrons brilhantes que caiam no outono em grandes quantidades das árvores enormes que pontilhavam a estrada comprida perto de nossa casa.

Meus pais não gostavam que eu saísse sozinho. Assim, eu coletava as castanhas com meu irmão Lee. Eu não me importava - ele era um par extra de mãos. Recolhia cada castanha do chão com meus dedos e empurrava sua forma regular redonda para a concavidade de minha palma (hábito que mantenho até hoje - a sensação tátil tem uma ação reconfortante, embora agora eu prefira moeda ou bolas de gude). Enchia os bolsos um por um com as castanhas até lotar todos eles. Era como uma compulsão, eu simplesmente tinha de coletar cada castanha que conseguia encontrar e reuní-las num só lugar.

Tirava sapatos e meias e os enchia de castanhas também, voltando descalço para casa com mãos, braços e bolsos transbordando castanhas.

De volta à casa, despejava as castanhas no chão do meu quarto e contava-as várias vezes. Meu pai trouxe um saco de lixo e sugeriu que, enquanto as contasse, jogasse as castanhas lá dentro. Eu passava horas todos os dias coletando as castanhas, levando-as até o meu quarto e rapidamente enchendo o saco num canto.

No final, meus pais temeram que o peso das castanhas recolhidas pudesse danificar o teto do aposento sob o meu e levaram o saco para o jardim. Eles toleraram minha obsessão, deixando que eu continuasse brincando com as castanhas no jardim, mas sem trazê-las para casa. Com o passar dos meses, meu interesse acabou sumindo, e as castanhas mofaram, até que meus pais enfim providenciaram a sua remoção para o depósito de lixo local.

Pouco tempo depois, surgiu um interesse obsessivo em colecionar folhetos, de diferentes tamanhos. Costumavam ser despejados na nossa caixa de correio junto com o jornal local ou a correspondência da manhã, e eu me fascinava com seu aspecto reluzente e forma simétrica (não importava o que estava sendo anunciado - o texto não me importava). Meus pais logo reclamaram das pilhas precariamente empilhadas que se acumulavam em cada gaveta e cada prateleira da casa, especialmente quando se esparamavam pelo chão sempre que alguém abria um armário.

Como no caso das castanhas, minha mania de folhetos gradualmente desapareceu, para alívio dos meus pais.

Naquele verão, pela primeira vez permitiram que eu percorresse sozinho a distância curta entre a casa e a escola. O caminho era orlado por uma fileira de sebes e, certa tarde, ao voltar do colégio, notei um inseto vermelho minúsculo coberto de pontos pretos rastejando dentro de uma delas. Fascinado, sentei-me na calçada para observá-lo de perto, subindo e descendo por cada folhinha e galho, parando e recomeçando e voltando a parar em diferentes pontos ao longo de seu trajeto.

Suas costas pequenas eram redondas e brilhantes, e contei seus pontos várias vezes. Os transeuntes na rua me contornavam, alguns deles resmungando a meia-voz. Eu devia estar no meio do caminho, mas naquele momento, não pensava em outra coisa além da joaninha à minha frente. Cuidadosamente, estendi meu dedo para que ela subisse nele e corri para casa.

Eu nunca tinha visto joaninhas, a não ser nas figuras dos livros, mas havia lido tudo sobre elas. Empolguei-me com minha descoberta e quis capturar o máximo de joaninhas possível. Lá em cima, no meu quarto, havia um recipiente de plástico onde eu mantinha minha coleção de moedas. Esvaziei-o, despejando as moedas no chão, formando uma montanha de metal, e pus a joaninha dentro do recipiente.

Depois, voltei à rua e passei várias horas, até não conseguir enxergar mais nada de tão escura que estava a noite, olhando dentro das várias sebes em busca de joaninhas. Ao encontrar uma, pegava-a delicadamente com as pontas dos dedos e colocava no recipiente, junto com as outras. Eu havia lido que as joaninhas gostam de folhas e de pulgões; portanto arranquei das sebes montes de folhas e algumas urtigas com pulgões, colocando tudo no recipiente com as joaninhas.

Ao voltar para casa, levei o recipiente de volta para o quarto, colocando-o sobre a mesa de cabeceira. Com uma agulha, abri alguns buracos nas laterais do recipiente para que as joaninhas dispusessem de ar e luz suficientes em sua nova casa, depois tapei o recipiente com um livro grande para impedir que elas saissem voando pela casa. Na semana seguinte, todo dia após o colégio eu saia e colhia mais folhas e pulgões para as joaninhas, trazendo-os para o recipiente no meu quarto. Salpiquei água em algumas das folhas para que as joaninhas não sentissem sede.

Na escola, eu falava sobre as joaninhas sem parar, até meu professor, o Sr Thraves, exasperado, pediu que eu trouxesse para a aula. No dia seguinte, trouxe o recipiente comigo para a escola e mostrei minha coleção de joaninhas para ele e as crianças da turma. Àquela altura, eu havia encontrado e colocado centenas de joaninhas naquele recipiente. Ele deu uma olhada e, em seguida, pediu que eu pusesse o recipiente na mesa dele. Deu-me uma folha de papel dobrada para que a levasse ao professor da turma ao lado.
Demorei alguns minutos para fazer isso e, quando voltei, o recipiente havia sumido. O Sr. Thraves, temendo que as joaninhas escapassem do recipiente e voassem pela sala de aula, pedira a uma das outras crianças que o levasse para fora e soltasse todas as joaninhas. Quando percebi o que havia acontecido, senti como se minha cabeça fosse explodir. Irrompi em lágrimas e saí correndo do colégio até em casa.

Absolutamente perturbado, não disse uma palavra ao professor durante várias semanas, e se ele chamasse meu nome eu me agitava.

Texto extraído do livro Nascido em um Dia Azul de Daniel Tammet

sábado, 3 de outubro de 2009

Mini Einsteins - Aprender é uma Aventura

Peu nunca foi muito fã de desenhos animados, demontrava pouco ou nenhum interesse pelos desenhos que lhe mostrava, porém, recentemente ele descobriu a turminha dos Mini Eisteins e não quer assistir outra coisa.

Mini Einsteins é uma série da Disney e da Baby Einstein Company, conduz as crianças em idade pré-escolar pelo excitante mundo do conhecimento através de viagens pelos mundos da música clássica, grandes obras de arte e mistérios da natureza.

Cada episódio centra-se numa "missão do dia" onde os pequenos espectadores, com a ajuda dos quatro heróis, descobrem um mundo totalmente novo!

A série é bastante interativa, os Mini Eisteins convidam o espectador a todo tempo à participar da aventura. Em cada desenho são homenageados artistas plásticos como Leonardo da Vinci e grandes músicos como Johann Srauss.

Peu gosta de assistir no computador para poder avançar e repetir as cenas que ele mais gosta.

Junte-se a Leo, June, Quincy e Annie no seu Foguetão musical. Como membro da equipe irá cantar, aplaudir, dançar, rir e ajudar a ultrapassar os obstáculos que surgem pelo caminho juntamente com os Mini Einsteins.

Com uma animação 2D inserida em cenários reais e extraordinária música clássica, APRENDER É UMA AVENTURA irá deixar as crianças ansiosas para a próxima missão mágica e musical de grandes descobertas!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

The Horse Boy - Legendas em Português

Lições da Natureza: Obstáculos

Se um falcão for colocado em um cercado com um metro quadrado inteiramente aberto por cima, o pássaro, apesar de sua incrível habilidade de voar, será um prisioneiro.

A razão é que um falcão sempre começa um vôo com uma pequena corrida em terra.

Sem espaço para correr, nem mesmo tentará voar, permanecerá prisioneiro pelo resto da vida nessa cadeia sem teto.

O morcego, criatura notavelmente ágil no ar, não pode sair de um lugar nivelado.

Se for colocado em um piso completamente plano, tudo que consegue fazer é andar de forma confusa, dolorosa, procurando alguma ligeira elevação de onde possa se jogar.

Um zangão, se cair em um pote aberto, ficará lá até morrer ou ser removido.

Ele não vê a saída no alto, por isso, persiste em tentar sair através dos lados próximos ao fundo.

Procurará uma maneira onde não existe nenhuma, até que se destrua completamente, de tanto se atirar contra o fundo do vidro.

Há pessoas como o falcão, o morcego e o zangão: atiram-se obstinadamente contra os obstáculos, sem perceber que a saída está logo "acima" .

Autor desconhecido

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Autismo: abordagem espiritual

Escrito por Nilton Salvador

Desinteressado de qualquer espécie de comunicação com seus semelhantes, murado dentro de si mesmo, o autista vive em um mundo de isolamento e alienação. Os cientistas que buscam implodir essa barreira trabalham baseados em hipóteses diversas e conflitantes, utilizando uma gama imensa de abordagens e terapias.

Ignoram apenas um aspecto, “o de que o ser humano, como espírito imortal, preexiste à atual existência, a qual é conseqüência de atos e pensamentos de muitas encarnações anteriores, nos mistérios dos séculos. Nada mais plausível do que recorrer a conceitos espirituais para a compreensão e a terapia do autismo ou de qualquer outro problema de comportamento”, como ensina Herminio C. Miranda.

O que dizer depois disso, quando ele vê o autista sob a ótica da psicologia espírita e o conflito de uma alma fugindo de si mesma? Afinal, como começam a dizer alguns estudiosos mais arrojados, há vida antes da vida, vida depois da vida e vida entre as vidas.

E alertamos para “que tratem com o devido respeito as minorias. Sem racismo, sem machismo, sexismo ou preconceitos de qualquer natureza. Mesmo porque o preconceito é coisa burra, que se torna ainda mais evidentemente tola quando posta no contexto da realidade espiritual. Somos espíritos imortais, sobreviventes e reencarnantes. Sexo, raça, cor, nacionalidade, posição social não passam de posições transitórias, por mais que durem nossas vidas na carne”.


Conflitos entre mundos diferentes

Descobre-se em pesquisas de diversos autores de notável saber sobre o tema que uma autista vivia numa zona fronteiriça, terra de ninguém entre um território que ela consideraria mais tarde, com melhor nível de lucidez, “meu mundo” e o outro lado, onde ficava “o mundo”, pois eles não se mostram nada interessados em vir ao nosso encontro, já que há na mente do autista nítida distinção – ainda que inconsciente – entre o “meu” mundo e o “dos outros”. Quanto menos contatos com a vida no mundo, melhor. A pessoa que está naquele corpo físico recusa-se a executar qualquer programação que a leve a ser aprisionada pelas rotinas da vida material.

Não se considera na atualidade (há uma polêmica constante) que o autismo é uma desordem biológica. A ciência continua a discutir sua origem. Os especialistas tratam de cada caso dentro de seu ponto de vista cético/científico para expressar suas teorias, pois desde Leo Kanner, o descritor da síndrome em 1943, quase nada mudou para definir o conceito da síndrome.

Cada autor expõe seu ponto de vista de análise de uma forma que, discutida ou comparada, nada altera no status quo da doença. Alguns mais corajosos, digamos assim, afirmam que o autismo é de natureza biológica, enumerando outras doenças que danificam o sistema neurológico. Em seguida, sou obrigado a me decepcionar quando a ciência não considera o autismo como psicose, mas sim como distúrbio global do desenvolvimento.

A meu ver, um contraria o outro. Todos são suscetíveis no cuidado de não querer ferir algum colega que se adiantou ou tem receio que, na frente, a crítica ou a ética médica sejam muito duras com suas opiniões.


Diferentes graus de autismo

Ficamos com o pensamento de que a impressão é que não há propriamente autismo, mas autistas em diferentes estágios, graus e níveis de distúrbios mentais e emocionais. O máximo que se poderia fazer em termos de consenso seria dizer que, dentre os sintomas básicos atribuídos à síndrome, cada autista apresenta diferentes ênfases sobre esta ou aquela característica.

Em outras palavras, a pessoa é autista não porque tem o cérebro danificado, mas tem o cérebro danificado porque não quis ou não conseguiu transmitir a ele, no período crítico da formação, os comandos mentais necessários ao seu correto desenvolvimento.

Pois bem, após esta exposição na qual enveredamos por diversos caminhos, onde quero chegar?

Ora, tudo isto faz parte do lado bio-psico-sócio-espiritual, linha mestra enfocada, mas não admitida pela ciência como um todo. Senão, vejamos.

Dispendemos todos os esforços para superar dificuldades que se encontram em nosso caminho. O que não fazemos é porque deixamos de refletir que reveses ou contratempos passageiros foram criados por nós mesmos, com nosso livre arbítrio, pelo mau uso da energia divina durante inúmeras encarnações aqui na Terra.

Devemos acreditar que aquela massa compacta de energia mal qualificada e gerada na nossa consciência por todo um esforço concentrado em prol dos nossos autistas é agora de uma espessura bem mais fina do que foi há algum tempo.

Nosso esforço em afastar coisas rudimentares de nossa consciência humana apenas produz bons frutos em nossa árvore da vida. Perseveramos em nossos propósitos. Dirigimos a atenção aos nossos amigos siderais e, muito mais depressa do que imaginamos, obtemos vitoriosas conclusões.

O indivíduo, quando encarna, traz em suas mãos uma agulha e, através do orifício desta agulha, passa o fio da vida. Cada ser humano deve concluir o seu modelo e ninguém pode tirar a agulha das mãos do próximo, nem dar um ponto sequer no modelo da vida de seu semelhante.

Assim como o orifício é condicionado à eficácia da agulha, assim também o espírito é o doador da vida do homem. A personalidade humana, ou o ser externo, representa o exemplo da agulha usada para unir as partes do modelo, que deve se manifestar através das experiências individuais de cada pessoa.

Por misericórdia, a lei divina permite intervenções, selecionando os fios dos pontos errados da costura, afastando-os do modelo enquanto se processa a purificação do espírito.

A lei divina também permite à vida, por meio de contemplação, meditação ou outra forma de esforço, oferecer ao indivíduo que se encontra no caminho espiritual o auxílio de seres perfeitos, quando estes revelam de que maneira os pontos devem ser costurados.

Também pode ser apresentado ao costureiro, ou seja, o espírito protetor, um molde ou desenho do modelo previsto. No entanto, a verdadeira costura deve ser executada pelo esforço do próprio indivíduo, do princípio até o fim.

E quando falamos de um autista? A única diferença é que, neste caso, existe um interlocutor (médium) experiente e que já atravessou inúmeras etapas com ele, pois muitas vezes uma simples frase proporciona uma forma-pensamento que permite ao autista compreender que um esforço autoconsciente deve preceder o apelo.

Muitas vezes, os amigos siderais transformam modelos errados em perfeitos e, quando eles os vêem, desejam novamente trazer à tona o plano perfeito da vida, da beleza, compreensão e paz.


Usando o auto-controle

Quando um autista aprende que é necessário um autocontrole e começa a transformar todo erro que o uso do fio da sua própria vida proporciona em seu coração, trazer o domínio sobre toda energia e vibração em seu próprio mundo e depois, com maiores possibilidades de aptidão, dar o prêmio da alegria aos seus protetores.

Para os sábios, a vida é uma bondosa professora que distribui as grandes dádivas diretamente do seu silencioso coração. Para as pessoas de compreensão limitada, a vida é uma professora severa, apenas com a intenção de ensinar cada expressão para seu autista.

Se o autista pudesse demonstrar reflexão, falando quando ouve ensinamentos freqüentes mais do que seu próprio silêncio, então seus corpos mental, sentimental, etérico e físico estariam suficientemente preparados para ouvir um hino, a linguagem dos pássaros e compreender o delicado silêncio da noite.

Quando o autista consegue isto é porque está sintonizado com a vida física de tal maneira que pode submergir seu próprio coração pulsante, onde vive seu santo ser crístico.

Artigo publicado na edição 13 da Revista Cristã de Espiritismo.

O Menino e o Cavalo - (The Horse Boy)



Em matéria de abordagem do autismo, o filme de Michel Orion Scott situa-se a meio caminho entre o tom “pra cima” de Autism: The Musical e o tom “pra baixo” de O Nome dela é Sabine.

Durante uma viagem aventuresca do Texas às estepes da Mongólia em busca de cura xamânica para seu filho autista, o casal Isaacson é visto lutando contra as dúvidas e comemorando as pequenas vitórias.

Mas os vemos também no stress dos retrocessos e nos momentos de profundo cansaço e desânimo perante um desafio hercúleo.

O pequeno Rowan tem uma relação especial com animais, principalmente cavalos, e esse é o fio condutor tanto da experiência, como do filme. A câmera viajante capta os comentários imediatos dos pais, em vez de reflexões ponderadas a posteriori. Daí um sentido de urgência, temperado pelo lirismo com que são tratados lugares e sentimentos.

Daí também o espectador se envolver facilmente na obstinação e na doçura dos Isaacson.

Crítica retirada do blog de Carlos Alberto Mattos

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Acreditar e Agir

Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas e imaginava uma forma de chegar até o outro lado, onde era seu destino.

Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte.

A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.

O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho.

O viajante olhou detidamente e percebeu o que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras.

Num dos remos estava entalhada a palavra acreditar e no outro, agir.

Não podendo conter a curiosidade, perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos.

O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito acreditar, e remou com toda força.

O barco, então, começou a dar voltas, sem sair do lugar em que estava.

Em seguida, pegou o remo em que estava escrito agir e remou com todo vigor.

Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.

Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem.

Então, o barqueiro disse ao viajante: Este barco pode ser chamado de autoconfiança. E a margem é a meta que desejamos atingir.

Para que o barco da autoconfiança navegue seguro e alcance a meta pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos, ao mesmo tempo, e com a mesma intensidade: agir e acreditar.

Não basta apenas acreditar, senão o barco ficará rodando em círculos. É preciso também agir, para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa meta.

Agir e acreditar. Impulsionar os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais e não esquecer que, por vezes, é preciso remar contra a maré.

E você? Está remando com firmeza para atingir a meta a que se propôs? Se o barco da sua autoconfiança está parado no meio do caminho ou andando em círculos, é hora de tomar uma decisão e impulsioná-lo com força e com vontade.

Lembre que só você poderá acioná-lo utilizando-se dos dois remos: agir e acreditar.

Texto veiculado pela Internet, atribuído a Aurélio Nicoladeli.

O Abraço Salvador de Vidas

Já se comprovou que todos necessitamos de contato físico para nos sentirmos bem, e uma das formas mais importantes de contato físico é o abraço.

Quando nos tocamos e nos abraçamos, levamos vida aos nossos sentidos e reafirmamos a confiança nos nossos próprios sentimentos. Algumas vezes NÃO encontramos as palavras adequadas para expressar o que sentimos; o abraço é a melhor maneira.

Há vezes que não nos atrevemos a dizer o que sentimos, seja por timidez ou porque os sentimentos nos avassalam; nesses casos pode-se contar com o idioma dos abraços.

Os abraços, além de nos fazerem sentir bem, empregam-se para aliviar a dor, a depressão e a ansiedade. Provocam alterações fisiológicas positivas em quem toca e em quem é tocado.

Aumenta a vontade de viver aos enfermos. É importante saber que: Os abraços são necessários para o desenvolvimento, manter-se são e para crescer como pessoa.

O que nos dá um abraço?


PROTEÇÃO - O sentir-se protegido é importante para todos, mas é-o mais para as crianças e mais velhos, que frequentemente dependem do amor de quem os rodeia.

SEGURANÇA - Todos necessitamos de nos sentirmos seguros. Se não o conseguimos, atuamos de forma ineficaz e as nossas relações interpessoais declinam.

CONFIANÇA - A confiança faz-nos avançar quando o medo se impõe ao nosso desejo de participar com entusiasmo em algum desafio da vida.

FORÇA - Quando transferimos a nossa energia com um abraço, as nossas próprias forças aumentam.

SAÚDE - O contato físico e o abraço partilham uma energia vital capaz de sanar ou aliviar enfermidades.

AUTO-VALORIZAÇÃO - Através do abraço podemos transmitir uma mensagem de reconhecimento do valor e excelência de cada indivíduo.



Esta é uma fotografia de um artigo da Revista Seleções, que se chama “O abraço salvador” e relata um episódio da vida de duas gêmeas, cujos primeiros dias foram passados em suas respectivas incubadoras, sendo que para uma delas não havia esperança de que sobrevivesse.

A enfermeira chefe da unidade, contra todas as regras existentes, decidiu juntar as duas irmãs, e aquilo que aconteceu foi verdadeiramente espantoso e comovente: a bebê que se encontrava bem, abraçou a sua irmãzinha moribunda, conseguindo, com o calor do seu corpo, o milagre de lhe regular a temperatura e pulso, o que permitiu estabilizar o ritmo cardíaco da sua gêmea...


Aqui fica este testemunho da importância de um abraço e do bem que este pode fazer...


... já abraçaste alguém hoje? : )


UM ABRAÇO Faz e Diz Muitíssimo; abraça o teu amigo, abraça os teus entes queridos, abraça as tuas crianças, abraça o teu animal de estimação… ABRAÇA-OS A TODOS! Este abraço é todinho para ti…. DISFRUTA-O!

domingo, 30 de agosto de 2009

A Escolha da Escola





Os progressos de Peu na escola têm sido ótimos, todos os dias a professora Loara tem uma novidade para nos contar, ele está participando, interagindo, realizando as tarefas (do jeitinho dele, mas, realizando), socializando, atento e concentrado nas atividades.

Logo que descobrimos que Peu estava no espectro do autismo ficamos na dúvida se o colocávamos em uma escola para crianças especiais, ou em uma escola normal (com educação inclusiva). Hoje, temos certeza que fizemos a escolha certa. Os educadores da escola além de aceitá-lo na sua condição de criança especial estão se capacitando para ajudá-lo a desenvolver-se.

Seus coleguinhas são um caso a parte, eles o auxiliam, o protegem e adoram enchê-lo de beijos e abraços.

Estamos muito felizes com o cuidado e amor que todos estão dedicando ao nosso filho.

Obrigado a todos da Escola Universo.

domingo, 23 de agosto de 2009

Como se escreve...

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Quando Joey tinha somente cinco anos, a professora do jardim de infância pediu aos alunos que fizessem um desenho de alguma coisa que eles amavam. Joey desenhou a sua família. Depois, traçou um grande círculo com lápis vermelho ao redor das figuras. Desejando escrever uma palavra acima do círculo, ele saiu de sua mesinha e foi até à mesa da professora e disse:

- Professora, como a gente escreve...? Ela não o deixou concluir a pergunta. Mandou-o voltar para o seu lugar e não se atrever mais a interromper a aula.

Joey dobrou o papel e o guardou no bolso. Quando retornou para sua casa, naquele dia, ele se lembrou do desenho e o tirou do bolso. Alisou-o bem sobre a mesa da cozinha, foi até sua mochila, pegou um lápis e olhou para o grande círculo vermelho.

Sua mãe estava preparando o jantar, indo e vindo do fogão para a pia, para a mesa. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para ela e disse.

- Mamãe, como a gente escreve...?

- Menino, não dá para ver que estou ocupada agora? Vá brincar lá fora. E não bata a porta, foi a resposta dela. Ele dobrou o desenho e o guardou no bolso.

Naquela noite, ele tirou outra vez o desenho do bolso. Olhou para o grande círculo vermelho, foi até à cozinha e pegou o lápis. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para seu pai.

Alisou bem as dobras e colocou o desenho no chão da sala, perto da poltrona reclinável do seu pai e disse .

- Papai, como a gente escreve...?

- Joey, estou lendo o jornal e não quero ser interrompido. Vá brincar lá fora. E não bata a porta.

O garoto dobrou o desenho e o guardou no bolso. No dia seguinte, quando sua mãe separava a roupa para lavar, encontrou no bolso da calça do filho enrolados num papel, uma pedrinha, um pedaço de barbante e duas bolinhas de gude. Todos os tesouros que ele catara enquanto brincava fora de casa. Ela nem abriu o papel. Atirou tudo no lixo.

Os anos passaram...

Quando Joey tinha 28 anos, sua filha de cinco anos, Annie fez um desenho. Era o desenho de sua família. O pai riu quando ela apontou uma figura alta, de forma indefinida e ela disse.

- Este aqui é você, papai! A garota também riu. O pai olhou para o grande círculo vermelho feito por sua filha, ao redor das figuras e lentamente começou a passar o dedo sobre o círculo.

Annie desceu rapidamente do colo do pai e avisou: eu volto logo! E voltou. Com um lápis na mão.

Acomodou-se outra vez nos joelhos do pai, posicionou a ponta do lápis perto do topo do grande círculo vermelho e perguntou.

- Papai, como a gente escreve amor? Ele abraçou a filha, tomou a sua mãozinha e a foi conduzindo, devagar, ajudando-a a formar as letras, enquanto dizia: amor, querida, amor se escreve com as letras T...E...M...P...O (TEMPO).

Conjugue o verbo amar todo o tempo. Use o seu tempo para amar. Crie um tempo extra para amar, não esquecendo que para os filhos, em especial, o que importa é ter quem ouça e opine, quem participe e vibre, quem conheça e incentive.

Não espere seu filho ter que descobrir sozinho como se soletra amor, família, afeição.

Por fim, lembre: se você não tiver tempo para amar, crie.

Afinal, o ser humano é um poço de criatividade e o tempo...bom, o tempo é uma questão de escolha.

Autor desconhecido.

domingo, 16 de agosto de 2009

Interesses sensoriais e sensibilidades

Por razões não inteiramente compreendidas, crianças com autismo podem desenvolver uma série de sensibilidades e interesses sensoriais. Entre as explicações possíveis está o fato de que crianças com menor capacidade de "entender a essência" podem ter menos interesse no significado geral ou em entender a figura inteira e, assim, sentir maior atração pelos detalhes ou experiências sensoriais. Além disso, crianças com autismo acham que se concentrar em experiências sensoriais reduz sua ansiedade. Sentem-se à vontade ao agirem assim. Isso lhes permite evitar experiências que causam mais ansiedade, por exemplo, interagir com outros indivíduos.

Dificuldades com a imaginação também podem levar a uma tendência a concentrar-se em experiências perceptivas concretas (definidas e claras). A natureza, em parte, conduz o desenvolvimento infantil por meio de brincadeiras de tal forma que a criança possa adquirir mais aprendizado. As brincadeiras "evoluem" em consequência da imaginação. Se a imaginação estiver ausente, então as brincadeiras permanecem onde estão e envolvem padrões e rotinas. Finalmente, em consequência da cegueira mental, crianças com autismo não vêem o motivo de brincar "com" alguém; como a maioria das vezes são outras pessoas que introduzem variedade em brincadeiras, brincar sozinho diminui a probabilidade da introdução da variedade.

Qualquer que seja a razão, crianças com autismo costumam concentrar-se em ruídos, tato, sensação, gosto, aroma e experiências visuais - embora nem todas elas. Isso pode levar a preocupações ou compulsões, ou excesso de sensibilidade a certas experiências sensoriais. Por exemplo, algumas crianças ficam muito inquietas ao ouvir ruídos altos, facilmente tolerados pela maioria das pessoas. Talvez seja porque elas têm dificuldade em atribuir significado social a suas experiências perceptivas, ou pode estar relacionado à maneira como seu cérebro vivencia percepções como o som. Na verdade, não sabemos ao certo.

Sensibilidades e interesses visuais

É muito comum ver crianças com autismo que gostam de observar padrões ou certos tipos de formas ou outros estímulos visuais. Podem procurá-los regularmente e quase sempre os percebem no ambiente. Entre alguns exemplos estão:


  • Mover as mãos para frente e para trás diante dos olhos e observar as formas e padrões criados.

  • Mover, diante dos olhos, garfos ou outros objetos semelhantes.

  • Observar torres elétricas e formas interessantes.

  • Balançar contas coloridas diante dos olhos.

  • Olhar coisas através da água.

Temperatura

Algumas crianças com autismo ou são alheias ou são particularmente sensíveis à temperatura. Uma criança brincava alegremente na neve, trajando apenas uma camiseta, enquanto seus irmãos usavam casacos e suéteres. Outra insistia em usar um casaco, independente da temperatura.

Algumas crianças com autismo gostam de tocar ou lamber coisas frias (por exemplo, canos). Outras gostam de tocar objetos excessivamente quentes.


Vibração

Crianças com autismo costumam interessar-se pela vibração. Podem colocar as mãos ou partes do corpo (por exemplo, rosto ou pés) sobre a porta da máquina de lavar roupa, secadora de roupa ou canos pelos quais a água corre.


Tato e textura

Textura pode ser interessante para indivíduos com autismo. A sensação da pele ou cabelos pode despertar interesse em algumas crianças com ASD. Elas podem querer tocar ou esfregar as mãos na pele ou tocá-la com os lábios ou beijá-la.

Algumas crianças podem demonstrar grande interesse por diversas texturas e acariciam roupas deliberada ou distraidamente. Outras podem ser muito sensíveis às etiquetas nas roupas e insistem que elas sejam removidas antes de vestir-se. Algumas não toleram certos tecidos e recusam-se a usar qualquer coisa feita com materiais sintéticos.


Olfato

Muitas crianças com autismo percebem alterações de aroma no ambiente. Podem cheirar a comida, objetos ou outras pessoas à medida que exploram aromas.

Alguns pais dizem que seus filhos regularmente cheiram os alimentos antes de comê-los, aparentemente verificando se são conhecidos.

Algumas crianças acham difícil suportar os aromas de vários produtos de limpeza.


Paladar

Algumas crianças com autismo lambém alimentos e superfícies. Elas exploram pelo paladar e podem ser muito sensíveis aos sabores, surpreendendo os pais quando percebem a diferença entre várias marcas de cereais, feijões e petiscos, quando outros indivíduos parecem totalmente alheios a isso.


Sons

Algumas crianças com autismo ficam fascinadas com os sons do ambiente. Ao contrário de outras crianças, elas demonstram menos interesse no significado do som do que no próprio som. Algumas crianças procuram um ruído em determinado vídeo e o repetem várias vezes, ou gostam de manter o som em determinada altura; outras ficam fascinadas por ruídos domésticos como os da panela de pressão, exaustores etc.

É muito comum criança com autismo temerem, ao extremo, sons altos feitos por cortadores de grama, motores de helicóptero, aspiradores de pó, liquidificadores, trânsito pesado ou sinetas escolares. Na maioria dos casos, a reação instantânea da criança ao vê-los ou ouvi-los é levar as mãos aos ouvidos.

Trecho extraído do livro Convivendo com Autismo e Síndrome de Asperger

domingo, 2 de agosto de 2009

Haja o que houver, eu estarei sempre com você

Na Romênia , um homem dizia sempre a seu filho:

- Haja o que houver, eu sempre estarei a seu lado.

Houve, nesta época um terremoto de intensidade muito grande, que quase arrasou as construções lá existentes nesta época.

Estava nesta hora este homem em uma estrada. Ao ver o ocorrido, correu para casa e verificou que sua esposa estava bem, mas seu filho nesta hora estava na escola.

Foi imediatamente para lá. E a encontrou totalmente destruída. Não restou, uma única parede de pé...

Tomado de uma enorme tristeza. Ficou ali ouvindo, a voz feliz de seu filho e sua promessa (não cumprida).

Haja o que houver : eu estarei sempre a seu lado.

Seu coração estava apertado e sua vista apenas enxergava a destruição. A voz de seu filho e sua promessa não cumprida, o dilaceravam. Mentalmente percorreu inúmeras vezes o trajeto que fazia diariamente segurando sua mãozinha. O portão (que não mais existia) ; Corredor... Olhava as paredes, aquele rostinho confiante. Passava pela sala do 3º ano, virava o corredor e o olhava ao entrar .

Até que resolveu fazer em cima dos escombros, o mesmo trajeto. Portão... Corredor... Virou a direita... E parou em frente ao que deveria ser a porta da sala. Nada! Apenas uma pilha de material destruído. Nem ao menos um pedaço de alguma coisa que lembrasse a classe. Olhava tudo desolado. E continuava a ouvir sua promessa Haja o que houver, eu sempre estarei com você. E ele não estava...

Começou a cavar com as mãos. Nisto chegaram outros pais, que embora bem intencionados, e também desolados, tentavam afastá-lo de lá dizendo:

- Vá para casa. Não adianta, não sobrou ninguém. - Vá para casa.

Ao que ele retrucava:

- Você vai me ajudar? Mas ninguém o ajudava, e pouco a pouco, todos se afastavam. Chegaram os policiais, que também tentaram retirá-lo dali, pois viam que não havia chance de ter sobrado ninguém com vida. Haviam outros locais com mais esperança.

Mas este homem não esquecia sua promessa ao filho, a única coisa que dizia. para as pessoas que tentavam retirá-lo de lá era : - Você vai me ajudar ? Mas eles também o abandonavam.

Chegaram os bombeiros, e foi a mesma coisa.

- Saia daí, não está vendo que não pode ter sobrado ninguém vivo? Você ainda vai por em risco a vida de pessoas que queiram te ajudar pois continuam havendo explosões e incêndios. Ele retrucava :

- Você vai me ajudar? - Você esta cego pela dor não enxerga mais nada. Ou então é a raiva da desgraça. - Você vai me ajudar? Um a um todos se afastavam.

Ele trabalhou quase sem descanso, apenas com pequenos intervalos, mas não se afastava dali. 5 - 10 – 12 – 22 – 24 - 30 horas. Já exausto, dizia a si mesmo que precisava saber se seu filho estava vivo ou morto. Até que ao afastar uma enorme pedra, sempre chamando pelo filho, ouviu:
- Pai ...estou aqui!

Feliz fazia mais força para abrir um vão maior e perguntou:

- Você está bem?

- Estou. Mas com sede, fome e muito medo.

- Tem mais alguém com você?

- Sim, dos 36 da classe 14 estão comigo, estamos presos em um vão entre dois pilares. Estamos todos bem.

Apenas conseguia se ouvir seus gritos de alegria.

- Pai, eu falei a eles: Vocês podem ficar sossegados, pois meu pai irá nos achar. Eles não acreditavam, mas eu dizia a toda hora ... Haja o que houver, meu pai, estará sempre a meu lado.

- Vamos, abaixe-se e tente sair por este buraco.

- Não! Deixe eles saírem primeiro... Eu sei; que haja o que houver... Você estará me esperando!

(Esta história é verídica)

Entendendo a essência

Quando vemos algo, seja um quadro ou uma frase em um livro, ou o mundo real, constatamos a abundância de detalhes. Em um quadro há muitas cores, formas, tamanhos e objetos. Muitos de nós temos a capacidade de reunir muitas informações a partir de uma situação para compreendê-la. Podemos ver o quadro como um todo. Isso é denominado "impulso de coerência central" (nós o denominamos "entender a essência"). Por exemplo, se ouvirmos os sinos da igreja badalando e vermos um grande grupo de pessoas trajando belas roupas e chapéus, jogando confete em um casal fora da igreja, podemos concluir que se trata de um casamento.

Crianças com autismo parecem ter grande dificuldade em reunir informações dessa maneira para entender a essência do que está acontecendo ou do que se espera delas. No exemplo do casamento dado acima, a criança com autismo pode concentrar-se nos sinos da igreja badalando, ou nos pedacinhos de papel voando, mas não identifica o evento como um casamento. Se estivéssemos em uma sala de aula e o professor dissesse "Peguem seus lápis", entenderíamos que a lição estava prestes a começar e teríamos de escrever alguma coisa. Relacionamos os detalhes das palavras na frase ao contexto. Contudo, uma criança com autismo pode literalmente pegar seu lápis em sala de aula. Ou seja, crianças com autismo têm dificuldade em entender a essência. Elas podem não entender o significado geral quando estão diante dos detalhes, mas se preocupam com eles.

Esta dificuldade em entender a essência aplica-se ao uso da linguagem pela criança, bem como à sua compreensão de figuras, histórias, eventos e objetos.


O uso da linguagem falada

A linguagem é formada por várias palavras. Quando ouvimos uma frase, usamos seu contexto para compreender o detalhe das palavras dentro dela. Se alguém diz "A mulher levou o cão à praia", instantaneamente temos em nossa mente a imagem do que está acontecendo. Essa capacidade de entender a essência nos permite intantaneamente saber que a palavra "levou" refere-se à ação de conduzir. Não precisamos pensar muito.

Crianças com autismo podem ter a conclusão errada porque têm problemas em referir-se ao contexto e detalhes, um em relação ao outro. A maioria das pessoas faz isso intuitivamente, sem pensar.

Somos capazes de entender a essência do significado de frases e orações intuitivamente, mas às vezes erramos. Podemos nos lembrar de situações nas quais nos concentramos incorretamente em determinada palavra em uma frase. O sentido global da frase e o objetivo social que a cerca talvez tenham se perdido. Recentemente, uma amiga minha viu-se em uma situação difícil enquanto passava férias na França. Ela notou que havia uma grande rachadura em uma das paredes e pediu a um pedreiro francês que desse uma olhada. Infelizmente, com seu francês limitado, ela pediu-lhe que subisse com ela para que ela lhe mostrasse l´amour (amor) quando, na verdade, ela queria dizer le mur (a parede)! As palavras têm sons similares, mas significados diferentes. Essa situação foi logo solucionada e ambas as partes viram o lado cômico do erro.

Para crianças com dificuldades relacionadas ao espectro do autismo, sua própria linguagem pode parecer tão confusa quanto os idiomas estrangeiros para a maioria das pessoas. Quase sempre isso acontece porque elas se esforçam muito para entender a essência da situação, visto que não conseguem entender o significado das palavras dentro do contexto correto. Por exemplo:

  • Uma mãe comentou: "Oh, meu Deus, meu pé está molhado. Deve ter um furo na minha bota." A filha insistiu que a mãe tirasse a bota e o furo. Nesse caso, a criança não conseguiu usar o contexto para entender que o furo que a mãe mencionou não era um objeto removível.

  • Uma avó relatou que disse à neta que gostava de enfiar os "pés grandes" na água morna. A neta ficou assustada e inquieta, insistindo em verificar se avó não tinha, subitamente, adquirido pés como o do Pé Grande em seu livro de história.

Trecho extraído do livro Convivendo com Autismo e Síndrome de Asperger

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Psicólogo brasileiro é nomeado professor titular na faculdade de medicina de Yale

Ami Klin é autoridade mundial em estudos e pesquisas sobre o autismo.

Um psicólogo brasileiro foi recentemente apontado como Professor Titular do departamento de Psiquiatria e Psicologia da Criança da Universidade de Yale em New Haven, Connecticut. Ami Klin vem se destacando nos estudos e pesquisas sobre o autismo e é reconhecido mundialmente pelo conhecimento em outras sérias desordens do desenvolvimento.

O professor foi oficialmente nomeado no dia 1º de julho e a carreira dele em Yale já tem 20 anos. Como diretor do Programa de Autismo do Centro de Estudo da Criança em Yale, Ami Klin presta serviços clínicos às crianças com autismo e às famílias delas.

Segundo ele, o autismo tem muitas causas, sendo a mais importante delas a genética. Ainda segundo ele, o autismo não pode ser detectado até aproximadamente o primeiro ou o segundo ano de vida da criança. De acordo com o professor, houve muitos avanços em relação aos estudos do autismo, de 5 a 10 anos para cá. “Mas nada ainda que se traduz a uma maneira de se detectar o autismo antes da criança nascer”, disse ele.

Apesar do autismo ser uma síndrome genética que envolve o desenvolvimento do cérebro social, a detecção é puramente comportamental, segundo o professor. Geralmente um grupo de clínicos de diferentes disciplinas analisa a criança, a fim de ter uma idéia da história, do desenvolvimento e do perfil da criança.

“Tanto do ponto de vista de habilidades como inteligência, linguagem, como do ponto de vista de sintomas que tem a ver com o autismo, que são dificuldades na relação social e na comunicação”. Tudo o que tem a ver com o desenvolvimento social de um bebê, como a fala e sons (geralmente dos 14 aos 18 meses), linguagem e comunicação visual devem ser observados pelos pais. Se por exemplo a criança não reagir ao chamado deles, o professor recomenda procurar um clínico. Quanto mais cedo a criança for diagnosticada, melhor será o prognóstico dela.

O autismo é definido como uma desordem global do desenvolvimento que afeta a capacidade de comunicação e de se relacionar. Um mito bastante comum é o de que o autista vive em um “mundo próprio”. Por exemplo, uma criança autista que fica observando as outras brincarem apresenta dificuldade de iniciar, manter e terminar uma conversa, e desinteresse nas brincadeiras.

Formado em psicologia com ênfase em neurociência cognitiva pela Universidade Hebraica de Jerusalém, Israel, Ami Klin fez doutorado em psicologia cognitiva em Londres, Inglaterra. Após um período de pós-doutorado na Universidade de Yale, foi designado para ser membro da faculdade da escola de medicina. Os pais do professor são europeus que passaram pelo Holocausto e se estabeleceram no Brasil.

O psicólogo ressaltou que os portadores de autismo apresentam variações como não falar ou falar demais, se isolar ou procurar outras pessoas mas não saber como se relacionar. “60% dos autistas tem retardo mental mas 40% não tem”. Estas variações, segundo ele, dão uma idéia de como a criança será no futuro.

Conscientização

Nos Estados Unidos as crianças com distúrbios como o autismo tem direito a tratamento feito através dos distritos escolares. A instituição do governo Birth to Three avalia e trata as crianças com menos de 3 anos de idade, bem como orienta os pais. Após os 3 anos o tratamento é feito através das escolas. Segundo o psicólogo, as escolas de Connecticut são obrigadas a suprir este tratamento. “Parte do programa de tratamento é os pais conhecerem mais este distúrbio de desenvolvimento e ver o que eles podem fazer em casa para ajudar também”.

Uma das preocupações da equipe onde o professor Klin atua está em saber como atingir as comunidades que não procuram a eles. “Principalmente pais de crianças que tem este problema mas que não tem uma conscientização maior dos recursos que existem na comunidade, e nós somos um deles”.

O fato de ser brasileiro não é relevante na área dele, levando em conta que o programa de autismo de Yale é um dos melhores e mais respeitados do mundo. “As pessoas se preocupam mais com a qualidade do trabalho e da ciência do que com a origem da pessoa. Neste ponto de vista, Yale é uma comunidade muito cosmopolita e as pessoas não são julgadas pela sua origem mas pelas suas contribuições. Assim que me sinto respeitado”.

Em visita a várias cidades do Brasil, feitas especialmente para elevar a conscientização sobre o autismo, Klin encontrou bastante dificuldade. “Não existe o mesmo tipo de publicidade e divulgação, como por exemplo nos EUA, e isto é um problema”. Segundo o psicólogo, os pais no Brasil não tem muito poder cultural. “Espero que algum dia isto mude no Brasil, para que este número vasto de crianças que existe lá com problema de autismo tenha uma possibilidade maior na vida”.

O trabalho de Ami Klin pode ser conhecido através do website http://www.autism.fm./ Contatos com o Birth to Three em Danbury podem ser feitos na Hayestown Avenue School, 42 Tamarack Avenue, telefone (203) 797-4832. O site oficial do Birth to Three é http://www.birth23.org./

Por: Angela Schreiber no site ComunidadeNews

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