terça-feira, 23 de março de 2010

A perfeição de Deus

No Brooklyn, em Nova Iorque, EUA, Chush é uma escola que se dedica ao ensino de crianças especiais. Algumas crianças ali permanecem por toda a sua vida escolar, enquanto outras, podem ser encaminhadas para uma escola comum.

Num jantar de beneficência de Chush, o pai de uma de suas crianças, fez um discurso que nunca mais seria esquecido pelos que ali estavam presentes.

Depois de elogiar a escola e seu dedicado pessoal, perguntou:

“Onde está a perfeição no meu filho Pedro, se tudo o que Deus faz é feito com perfeição? Meu filho não pode entender as coisas como outras crianças entendem. Meu filho não pode se lembrar de fatos e números como as outras crianças. Então, onde está a perfeição de Deus?”

Todos ficaram chocados com a pergunta e com o sofrimento daquele pai, mas, ele continuou:

“Acredito que quando Deus traz uma criança especial ao mundo, a perfeição que Ele busca está no modo como as pessoas reagem diante desta criança”.

Então ele contou a seguinte história sobre o seu filho Pedro:

Uma tarde, Pedro e eu caminhávamos pelo parque, onde alguns meninos que o conheciam, estavam jogando baseball.

Pedro perguntou-me:

– Pai, você acha que eles me deixariam jogar?

Eu sabia das limitações do meu filho e que a maioria dos meninos não o queria na equipe. Mas, entendi que se Pedro pudesse jogar com eles, isto lhe daria uma confortável sensação de participação.

Aproximei-me de um dos meninos no campo e perguntei-lhe se Pedro poderia jogar.O menino deu uma olhada ao redor, buscando a aprovação de seus companheiros de equipe e mesmo não conseguindo nenhuma aprovação, ele assumiu a responsabilidade e disse:

– Nós estamos perdendo a seis rodadas e o jogo está na oitava. Acho que ele pode entrar na nossa equipe e tentaremos colocá-lo para bater até à nona rodada.

Fiquei admirado quando Pedro abriu um grande sorriso ao ouvir a resposta do menino.

Pediram então que ele calçasse a luva e fosse para o campo jogar. No final da oitava rodada, a equipe de Pedro marcou alguns pontos, mas, ainda estava perdendo por três. No final da nona rodada, a equipe de Pedro marcou novamente e agora com dois fora e as bases com potencial para a rodada decisiva, Pedro foi escalado para continuar.

Uma questão, porém, veio à minha mente: a equipe deixaria Pedro, de fato, rebater nesta circunstância e abdicar da possibilidade de ganhar o jogo?

Surpreendentemente, foi dado o bastão a Pedro. Todo mundo sabia que isto seria quase impossível, porque, ele nem mesmo sabia segurar o bastão.

Porém, quando Pedro tomou posição, o lançador se moveu alguns passos para arremessar a bola de maneira que Pedro pudesse ao menos rebater.

Foi feito o primeiro arremesso e Pedro perdeu, balançando o bastão de forma desajeitada.

Um dos companheiros de equipe de Pedro foi até ele e juntos seguraram o bastão e encararam o lançador.

O lançador deu novamente alguns passos para lançar a bola suavemente para Pedro.

Quando veio o lance, Pedro e o seu companheiro de equipe balançaram o bastão e juntos rebateram a lenta bola do lançador.

O lançador apanhou a suave bola e poderia tê-la lançado facilmente ao primeiro homem da base, Pedro estaria fora e isso teria terminado o jogo.

Ao invés disso, o lançador pegou a bola e lançou-a numa curva, longa e alta para o campo, distante do alcance do primeiro homem da base.

Então, todo mundo começou a gritar: “Pedro, corre para a primeira base, corre para a primeira”. Nunca na sua vida ele tinha corrido, mas, saiu disparado para a linha de base, com os olhos arregalados e assustados.

Até que ele alcançasse a primeira base, o jogador da direita teve a posse da bola. Ele poderia ter lançado a bola ao segundo homem da base, o que colocaria Pedro fora de jogo, pois, ele ainda estava correndo.

Mas o jogador entendeu quais eram as intenções do lançador, assim, lançou a bola alta e distante, acima da cabeça do terceiro homem da base.

Todo mundo gritou: “corre para a segunda, corre para a segunda base”.

Pedro correu para a segunda base, enquanto os jogadores à frente dele circulavam deliberadamente para a base principal.

Quando Pedro alcançou a segunda base, a curta parada adversária colocou-o na direção da terceira base e todos gritaram: “corre para a terceira”.

Ambas as equipes correram atrás dele gritando: “Pedro, corre para a base principal”.

Pedro correu para a base principal, pisou nela e todos os 18 meninos o ergueram nos ombros fazendo dele um herói, como se ele tivesse vencido o campeonato e ganho o jogo para a equipe dele”.

“Naquele dia”, disse o pai, com lágrimas caindo sobre a face, “aqueles 18 meninos alcançaram a perfeição de Deus. Eu nunca tinha visto um sorriso tão lindo no rosto do meu filho!”

“Jamais diga para Deus que você tem um grande problema; diga ao seu problema que você tem um grande Deus!”

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